Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2019
Os chanceleres dos países membros do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) se reúnem em Nova York, nesta segunda-feira (23), para discutir sobre o pacto. Antes da reunião, que antecede a Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, adiantou que o país pode abandonar o tratado caso uma ação militar seja aprovada na Venezuela.
Entre os membros do Tratado não há um consenso se a ativação do Tiar poderia resultar em uma intervenção militar na Venezuela. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, a ativação do Tratado não significa uma intervenção na Venezuela. Há duas semanas, 12 países, incluindo o Brasil, firmaram uma resolução que convoca os 19 países participantes do Tiar para uma consulta sobre o assunto. No texto da resolução, afirma-se que a crise na Venezuela tem “impacto desestabilizador, representando uma clama ameaça à paz e a à segurança do hemisfério”. Além disso, a ativação do Tratado poderia resultar desde a ruptura das relações diplomáticas e dos acordos econômicos até o emprego de forças armadas.
Entenda o que é Tiar
Conhecido também como Pacto ou Tratado do Rio de Janeiro, o Tiar foi firmado em 2 de setembro de 1947 na Terceira Reunião de Consulta dos Ministros de Relações Exteriores realizada em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O Tiar representou o primeiro pacto de segurança do pós-guerra para a defesa coletiva de vários países e, nesse sentido, é considerado base conceitual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), constituída em 1949.