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Uruguai deve abandonar Tratado Interamericano se houver intervenção militar na Venezuela 



Para o ministro das relações exteriores uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, o tratado era pra ser um acordo de conciliação pacífica.(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Os chanceleres dos países membros do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) se reúnem em Nova York, nesta segunda-feira (23), para discutir sobre o pacto. Antes da reunião, que antecede a Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, adiantou que o país pode abandonar o tratado caso uma ação militar seja aprovada na Venezuela.

Entre os membros do Tratado não há um consenso se a ativação do Tiar poderia resultar em uma intervenção militar na Venezuela. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, a ativação do Tratado não significa uma intervenção na Venezuela. Há duas semanas, 12 países, incluindo o Brasil, firmaram uma resolução que convoca os 19 países participantes do Tiar para uma consulta sobre o assunto. No texto da resolução, afirma-se que a crise na Venezuela tem “impacto desestabilizador, representando uma clama ameaça à paz e a à segurança do hemisfério”. Além disso, a ativação do Tratado poderia resultar desde a ruptura das relações diplomáticas e dos acordos econômicos até o emprego de forças armadas.

Entenda o que é Tiar

Conhecido também como Pacto ou Tratado do Rio de Janeiro, o Tiar foi firmado em 2 de setembro de 1947 na Terceira Reunião de Consulta dos Ministros de Relações Exteriores realizada em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O Tiar representou o primeiro pacto de segurança do pós-guerra para a defesa coletiva de vários países e, nesse sentido, é considerado base conceitual da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), constituída em 1949.

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