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Brasil Ministro da Saúde diz que 354 milhões de doses da vacina contra o coronavírus estão asseguradas e que a vacinação terá início ainda neste mês

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Vacinas serão produzidas pela Fiocruz e pelo Butantan, segundo Pazuello.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Será o primeiro revés no anúncio feito pelo ministro da saúde Eduardo Pazuello de que 230 milhões de doses serão entregues até 31 de julho. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em meio a críticas pelo atraso para adquirir insumos e equipamentos, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na noite desta quarta-feira (6), em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que o Brasil está preparado e tem seringas suficientes para iniciar a vacinação contra a Covid-19 ainda em janeiro de forma simultânea em todo o País.

O ministro ainda destacou que o Brasil tem asseguradas, para este ano, 354 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Do total, 254 milhões serão produzidas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a AstraZenica, e 100 milhões pelo Butantan, em parceria com a empresa Sinovac.

Pazuello anunciou também a edição de uma medida provisória que trata de ações excepcionais para aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística.

O ministro informou que o ministério está em processo de negociação com os laboratórios Gamaleya, da Rússia, Janssen, Pfizer e Moderna, dos Estados Unidos, e Barat Biotech, da Índia.

Segundo Pazuello, estão disponíveis atualmente cerca de 60 milhões de seringas e agulhas. “Ou seja, um número suficiente para iniciar a vacinação da população ainda neste mês de janeiro”, disse o ministro. “Temos, também, a garantia da Organização Panamericana de Saúde [Opas] de que receberemos mais 8 milhões de seringas e agulhas em fevereiro, além de outras 30 milhões já requisitadas à Abimo [Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos], a associação dos produtores de seringas”.

Pazuello destacou que o Brasil está preparado logisticamente para a operação de vacinação. “Hoje, o Ministério da Saúde está preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, disse.

Sobre a vacina da Pfizer, o ministro destacou os esforços para resolver as “imposições que não encontram amparo na legislação brasileira”, como a isenção de responsabilização civil por efeitos colaterais da vacinação e a criação de um fundo caução para custear possíveis ações judiciais. O ministro disse ainda que em breve o Brasil será exportador de vacinas para a região.

Medida Provisória

Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida provisória citada por Pazuello prevê que o Ministério da Saúde será o responsável por coordenar a execução do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19. A norma também prevê a contratação de vacinas e de insumos, antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o treinamento de profissionais para imunizar a população. “Asseguro que todos os Estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à sua população”, destacou ao reafirmar que a vacina será gratuita e não obrigatória.

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