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Porto Alegre Vacina bivalente contra covid está em falta na maioria dos postos de saúde de Porto Alegre

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Apenas três unidades da rede municipal ainda contam com estoques. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre informou que há desabastecimento de vacina bivalente contra covid em diversos postos da rede, exceto pelo imunizante destinado ao público infantil. De acordo com a prefeitura, o motivo é o atraso no repasse de doses pelo governo gaúcho, que não tem previsão de quando as remessas serão normalizadas.

Somente dois estabelecimentos ainda contam com estoques: a Clínica da Família Álvaro Difini (rua Álvaro Difini nº 520, no bairro Restinga) e a unidade Ramos (esquina das ruas K e RC, bairro Santa Rosa de Lima). Nesses locais, o fármaco – destinado a segmentos específicos da população) é mantido até que se esgote a disponibilidade.

Conforme o Ministério da Saúde, em ofício de 17 de abril, o processo para compra de vacinas com composição atualizada de variantes do coronavírus já aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está em fase final. Assim que concluída essa etapa e enviadas remessas pelo laboratório fabricante, os lotes serão remetidos aos Estados.

A vacinação bivalente é recomendada para idosos (a partir dos 60 anos), gestantes, puérperas (mulheres no período de 45 dias após o parto), indígenas, quilombolas, ribeirinhos, trabalhadores da saúde e sistema prisional, detentos, menores em cumprimento de medida sócio-educativa, indivíduos com baixa imunidade, deficiência permanente ou comorbidade, bem como em situação de rua. O intervalo mínimo entre cada injeção é de seis meses.

Quem recebeu diagnóstico de covid deve esperar ao menos 28 dias para receber o imunizante. O prazo é contado a partir da data de surgimento dos sintomas ou, em casos assintomáticos, do momento de coleta do exame.

A doença no RS

Estatística atualizada no portal ti.saude.rs.gov.br contabiliza quase 3,14 milhões de testes positivos de covid no Rio Grande do Sul desde a confirmação da chegada da pandemia ao Estado, em março de 2020. O número inclui indivíduos que se infectaram mais de uma vez.

Ao longo desses mais de quatro anos, 4% dos pacientes gaúchos necessitaram de internação hospitalar por apresentarem síndrome respiratória aguda grave. Ao menos 42.895 deles acabaram morrendo por causa da doença – a maioria idosos, com ou comorbidades que agravam o quadro de saúde de quem apresenta sintomas severos.

No momento, mais de mil pessoas em todo o Estado são consideradas casos ativos, ou seja, estão dentro da chamada “janela de contágio” e podem transmitir a doença a outras pessoas.

(Marcello Campos)

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