Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2021
As vacinas contra covid-19, além de reduzir significativamente a chance de contrair a doença, diminuem o risco de covid longa, aponta uma pesquisa do King’s College London, na Inglaterra. Isso mostra que, entre a minoria de pessoas que contrai covid estando totalmente vacinada a chance de ter sintomas por mais de quatro semanas é 50% menor quando comparada a daqueles que não receberam o imunizante.
Muitas pessoas com covid se recuperam em até quatro semanas, mas algumas apresentam sintomas que podem persistir por meses depois da infecção inicial, o que ficou conhecido como covid longa. Isso pode ocorrer mesmo quando a pessoa teve apenas sintomas leves por causa do coronavírus no início.
Em nota, os pesquisadores afirmaram que está comprovado que as vacinas salvam vidas e evitam casos graves de covid e, agora, há fortes indícios de que elas previnem também a covid longa. A equipe analisou dados coletados através do aplicativo Zoe Covid Study, do Reino Unido, que armazena os sintomas relatados pelos usuários, as vacinas que receberam e os testes contra covid realizados.
Com base nos dados, os pesquisadores relatam que apenas 0,2% (2.370 casos) das pessoas que já tinham tomado as duas doses da vacina tiveram covid após a vacinação. Das 592 pessoas totalmente vacinadas contra a covid que continuaram a utilizar o aplicativo por mais de um mês, 31 (5%) tiveram covid longa, apresentando sintomas por mais de 4 semanas depois de receberem o diagnóstico. No grupo não vacinado, esse número foi de cerca de 11%.
Os pesquisadores afirmaram também que idosos com comorbidades tiveram mais risco de contrair a covid mesmo depois de estarem plenamente vacinados do que outros grupos.
Crianças
Em outro estudo publicado nesta semana pela Universidade College London, na Inglaterra, pesquisadores descobriram que o risco de covid longa em crianças é “muito menor do que o temido”. Pesquisadores analisaram dados de crianças e adolescentes entre 11 e 17 anos que contraíram o coronavírus e concluíram que a covid longa atinge cerca de 2%, mas os sintomas geralmente são leves.
O pediatra Terence Stephenson, um dos autores do estudo, afirmou, em nota que os dados em relação à covid longa em crianças “não estão nem perto da pior das hipóteses”. O grupo mais propenso a relatar sintomas persistentes foram adolescentes do sexo feminino que já tinham outros problemas de saúde física e mental. De todas as crianças do estudo, 40% relataram sentir-se tristes, preocupadas ou infelizes.