Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2016
O gerente administrativo Eduardo Meroti já estava de viagem marcada para Orlando, nos Estados Unidos, onde vai curtir as férias com sua mulher, Lilyane Meroti, e alguns amigos. Mas, ao ver a queda do dólar comercial – que, depois de atingir 4,16 reais em 21 de janeiro, fechou cotado a 3,29 reais na última semana –, Meroti decidiu incluir alguns serviços em seu pacote de viagem. Ele ainda comprou 3 mil dólares a mais do que o originalmente planejado.
“Há poucos meses, comprei a moeda por uma média de 3,65 reais para pagar as passagens e a reserva do hotel. Com a queda, consegui comprar por 3,49 reais e adquiri três diárias para a Disney e mais alguns passeios extras que não iríamos fazer. Só com os ingressos, eu e minha esposa vamos economizar cerca de 900 reais. Também vamos levar mais dinheiro para compras, o que também não estava nos nossos planos”, conta Meroti, que embarca no próximo dia 25.
Do pico de janeiro até agora, o dólar comercial acumula desvalorização de 20,9%. Já o turismo, que na ocasião era negociado a 4,36 reais, recuou 21,3%. A cotação do câmbio turismo é, em média, 5% superior à do comercial.
Segundo especialistas em câmbio, quem planeja fazer uma viagem ou um intercâmbio no exterior no fim do ano tem, atualmente, uma boa chance para comprar dólares a uma cotação mais atraente. Eles veem tendência de baixa, pelo menos a curto prazo. Com o cenário político mais calmo, as empresas voltando a captar recursos no exterior e juros baixos na Europa e nos EUA, o fluxo de dólares para o país deve aumentar no segundo semestre.
“O dólar está em um patamar razoável, já que havíamos chegado aos 4 reais em janeiro. É um bom momento para compra para quem está pensando em viajar ou estudar no exterior em breve”, afirma Marcos Trabbold, da corretora de câmbio B&T. Essa tendência de queda já mostra seus efeitos: nas casas de câmbio, a procura pela moeda americana registrou aumento de até 70%. Já a demanda nas agências de viagem e por intercâmbio cresceu 10% e 25%, respectivamente.
Na casa de câmbio Cotação, a busca por dólar na segunda quinzena de junho saltou 70% em relação aos 15 primeiros dias do mês. O tíquete médio também passou de 2 mil dólares para 3 mil dólares no período. (AG)