Ícone do site Jornal O Sul

Vale o que está escrito

O chefe da Casa Civil do Palácio Piratini, Otomar Vivian: experiência e tranquilidade para contornar problemas. (Foto: Divulgação/Ipergs)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, decidiu ontem manter votação secreta na escolha do presidente da Câmara dos Deputados, prevista para 1º de fevereiro. Rejeitou mandado de segurança que defendia o sufrágio aberto. O regimento interno da Casa determina que a eleição para a mesa diretora seja fechada. Se a cada artigo houver pedido para interferência do Judiciário, o Legislativo vai parar.

Não é complicado

Os deputados federais contrariados com o voto secreto precisam enfrentar a mudança do regimento interno. Basta redigir nova versão e convencer os demais a aprovar em plenário.

Excluído

Os deputados do MDB definiram as funções de representação para este ano na Assembleia Legislativa: Fábio Branco será o líder da bancada; Gilberto Capoani, líder partidário; Vilmar Zanchin vai compor a mesa diretora; Tiago Simon e Edson Brum presidirão comissões técnicas. Sebastião Melo, que se opôs abertamente à entrada do partido no governo de Eduardo Leite, ficou fora da escalação.

Decisão pelo voto

No final de março, o MDB estadual escolherá novo diretório e executiva. O deputado federal Alceu Moreira buscará a reeleição. O prefeito de Gravataí, Marco Alba, surge como oponente. Oportunidade para a base do partido se manifestar sobre a condução do partido após a derrota do governador José Ivo Sartori.

Sem se afobar

Nem parece a Casa Civil de um governo que enfrenta o mar tempestuoso das finanças combalidas. Otomar Vivian conduz a nau, no andar térreo do Palácio Piratini, com experiência e tranquilidade. A cada encontro, contorna problemas e encaminha soluções.

O que fará?

O primeiro grande nó que o presidente Jair Bolsonaro terá de desatar é a regra diferenciada pretendida pelos militares na reforma da Previdência. Ontem, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, foi mais uma vez porta-voz da reivindicação.

Questão de otimismo

A Bolsa de Valores de São Paulo passou ontem, pela primeira vez, da marca dos 93 mil pontos. Analistas financeiros preveem que deverá chegar a 120 mil pontos, se a reforma da Previdência vier a ser aprovada. O argumento é que o Tesouro Nacional começaria a reduzir os repasses para os pagamentos de aposentadorias e pensões. Hoje, andam em torno de 270 bilhões de reais por ano. O suficiente para a retomada dos investimentos públicos.

Equívoco

É elogiável a iniciativa do governo federal, que passará um pente-fino em todos os benefícios pagos pelo INSS. Só fica difícil entender o pagamento de 57 reais para o servidor ao encontrar erro que justifique o cancelamento do valor pago ao segurado. Até prova em contrário, todos recebem salários para fiscalizar as concessões e corrigir fraudes. Zelar é obrigação funcional. Na esteira, outras categorias pedirão o mesmo. Serão bônus para todos os lados.

Há 25 anos

A 10 de janeiro de 1994, foi denunciada uma quadrilha especializada em fraudar processos fiscais da Previdência, que fazia acordos danosos e eliminava dos computadores do INSS dívidas de várias empresas. O prejuízo estimado foi de 1 bilhão e 500 milhões de dólares.

Desproporcional

Pelo andar da carruagem, não era difícil prever que, um dia, o número de bandidos iria superar o de mocinhos. O caos no Ceará é um exemplo.

Dura realidade

O empresário Romeu Zema, que assumiu o governo de Minas Gerais, não gosta de dourar a pílula. Em reiteradas entrevistas, declara que não tem previsão para o pagamento do 13º salário de 2018 aos servidores públicos.

Ensinamento

Nunca é demais repetir a frase de Louis Brandeis, que viveu de 1856 a 1941 e integrou a Suprema Corte dos Estados Unidos: “Nas coisas do poder, o melhor detergente é a luz do sol”.

Sair da versão mobile