Terça-feira, 15 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2025
Desse total, cerca de R$ 6,9 bilhões são de 46 milhões de pessoas físicas e cerca de R$ 2 bilhões são para mais de 4 milhões de empresas
Foto: Agência BrasilSegundo dados do BC (Banco Central), divulgados nesta terça-feira (08), os brasileiros têm mais de R$ 9 bilhões de “dinheiro esquecido” em algum banco, consórcio ou instituição financeira.
Desse total, cerca de R$ 6,9 bilhões são de 46 milhões de pessoas físicas e cerca de R$ 2 bilhões são para mais de 4 milhões de empresas. Quase um milhão de pessoas têm valores a receber acima de R$ 1.000. O que poderia ser feito com esse dinheiro e para onde ele vai caso continue esquecido?
Possibilidades de investimento
Após o resgate pelo cidadão, o dinheiro pode ser investido em diferentes opções, dependendo do perfil e dos objetivos dele: a escolha do investimento deve considerar o valor resgatado, o prazo desejado e o perfil de risco do investidor.
A maioria das contas, (64%), não tem mais do que R$10,00, então, investir vai ser uma opção para poucos. No entanto, quase um milhão de pessoas têm valores a receber acima de R$ 1.000 – essas têm boas possibilidades.
Para Roberto Lima Campos, contador especialista em planejamento patrimonial, deixar o dinheiro esquecido significa abrir mão de possíveis ganhos: “Com a taxa Selic atualmente em 11,75% ao ano, mesmo valores aparentemente pequenos podem crescer significativamente com o tempo. Por exemplo: R$ 1.000 aplicados a essa taxa podem render cerca de R$ 117,50 em um ano. Em cinco anos, com juros compostos, esse valor pode ultrapassar R$ 700,00”, diz.
Como transformar esse dinheiro?
Ainda segundo Lima Campos, a curto prazo (até 2 anos), algumas opções podem ser CDBs de liquidez diária, Tesouro Selic, para quem tem como objetivo fazer uma reserva de emergência ou tem metas imediatas. A vantagem dessas opções são a segurança e o acesso rápido ao dinheiro.
A médio prazo (de 3 a 5 anos), para quem tem o objetivo de comprar um bem ou fazer uma viagem planejada, há opções de CDBs com vencimento e tesouro IPCA+. A vantagem é que os rendimentos são superiores à poupança, e tem risco controlado.
Já a longo prazo (acima de 5 anos), para quem tem objetivo de aposentadoria, ou de investir na educação dos filhos, algumas opções são fundos de previdência (PGBL/VGBL), ações e fundos multimercado. Nestes casos, a vantagem é o potencial de maior retorno e benefícios fiscais.
E se não for sacado, para onde esse dinheiro vai?
Se o valor não for resgatado, ele será incorporado ao Tesouro Nacional. Embora exista a possibilidade de contestação ou ação judicial posterior, o processo pode ser burocrático e demorado.