Tenho uma proposta irrecusável para você. O que acha de sermos sócios de uma empresa que fatura menos do que é necessário para mantê-la operando?
Não achou a ideia boa? Vai perder dinheiro se associando a ela? Parece que nosso negócio não vai ser muito saudável, não é?
Estranho que uma quantidade absurda de estatais enfrenta exatamente essa realidade, e, por incrível que possa parecer, tem gente que ainda defende a sua existência.
Você até pode fingir que esse prejuízo não é seu, mas garanto que não escapará de pagar essa conta, transformada em nome de imposto.
Não consigo enxergar benefício algum quando o Estado decide criar um negócio cujo objetivo seja gerar riqueza.
Alguns até podem dizer que o Estado cria empresas com o objetivo de regular o mercado, mas o que vemos, na verdade, são empresas estatais utilizadas como cabides de empregos, trocas de favores, desserviços à população e, em vários casos, assalto aos cofres de tal organização – esse dinheiro, em última instância, sempre sai do seu bolso!
Se tomarmos como exemplo a Petrobras, somente no ano de 2016, registrou prejuízo acumulado de R$ 14,8 bilhões, conta paga por todos nós, que fomos obrigados a ser sócios dessa empresa.
Está mais caro abastecer o seu veículo, não? Agora você já sabe qual é um dos motivos.
O certo é que o livre mercado é responsável por regular os preços e, por meio da concorrência, gerar produtos e serviços de melhor qualidade para os usuários.
Dito isso, por que não abrimos mercado para produção de combustível? Assim podemos gerar competição das empresas, que, sob a pressão das leis de mercado, seus produtos evoluam e sejam entregues mais benefícios para a sociedade.
Durante as gestões do governo petista, espantosamente, foram criadas 43 empresas estatais. O resultado desse “investimento” público está sendo apresentado nos dias de hoje. E muita coisa ainda está para aparecer.
O conceito da gestão pública pode ser traduzido por uma simples frase do famoso economista Milton Friedman: “Se colocarem o governo federal para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia”.
Fabio Steren é consultor em segurança, empresário e associado do IEE