Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Desde o começo da civilização, homens e mulheres buscaram, de várias formas, antecipar fatos. Há incontáveis exemplos. Atualmente, o desejo de ver o futuro se materializa por meio de pesquisas eleitorais.
Cabe a pergunta: num cenário de mais de 147 milhões de eleitores, espalhados pelo país-continente, amostragens com 2 mil entrevistados podem apontar tendências e resultados? Não dá. Paralelamente, alguns institutos tornaram-se territórios da manipulação.
Outra fórmula
Em países desenvolvidos, os responsáveis por institutos de pesquisas eleitorais são conhecidos e acompanhados por entidades representativas da sociedade. Não é o que ocorre no Brasil, onde agem à sombra do ninguém sabe, ninguém viu.
Muita munição
Ciro Gomes abre o arsenal e direciona os disparos contra Fernando Haddad, de quem pretende tirar votos. O petista aguenta, por enquanto, sem revidar.
Não fica tão fácil
Ciro e Haddad têm em seus programas um ponto em comum: a criação de linhas de crédito em bancos públicos com juros e prazo acessíveis, para atender aos que estão hoje no cadastro negativo do SPC e da Serasa. É uma ideia generosa, mas enfrentará barreiras. A inicial: nenhum banco concede crédito sem submeter o eventual devedor a um exame detalhado. É exigência de vários órgãos de fiscalização: Banco Central, Conselho Monetário Nacional, Tribunal de Contas da União, além de auditorias internas e externas.
Lupa no risco
Os principais interessados em manter a peneira, antes da concessão de empréstimos, são os funcionários das instituições financeiras, que querem preservá-las. Não esquecem da quebradeira de bancos estatais, de Norte a Sul do País, na década de 1990, em consequência da copa franca que governos estaduais criaram. O Banrisul escapou da prática.
Não é mais assim
Houve um tempo em que, para conseguir empréstimo em banco estatal, bastava aparecer diante do gerente com cartão de recomendação de algum deputado. Temendo represália, o dinheiro era liberado na hora. Deu no que deu.
Andam calados
Geraldo Alckmin construiu amplo leque de apoios e por isso está sendo criticado. Os demais candidatos não explicaram como atingirão maioria no Senado e na Câmara dos Deputados para aprovar as reformas prometidas.
Fio da meada
O depoimento do autor do atentado contra Jair Bolsonaro revela ser um sujeito bem articulado. Sabe o que diz e faz. Só falta conhecer com quem aprendeu.
Mudança
O dinheiro para campanhas anda tão curto que os tradicionais santinhos, que eram jogados nas ruas, não aparecem. Empresários fizeram acordo: as impressoras só se movimentam com pagamento adiantado. Nada de negócio no fio do bigode.
Para conferir
Danielle Dytz da Cunha está na lista dos seis candidatos que o MDB do Rio de Janeiro pretende eleger para a Câmara dos Deputados. Publicitária, declarou na Justiça Eleitoral ter bens no valor de 2 milhões de reais. As atenções se voltam para ela, porque é filha do condenado Eduardo Cunha e se submeterá ao teste da transferência de votos.
Todo o cuidado
Nos comitês, assessores examinam mapas e traçam rotas. A 23 dias das eleições, alguns vão adotar manobras arriscadas.
Comandantes experientes costumam instruir a tripulação quando os navios se aproximam de áreas acidentadas: “Cuidado com as rochas”. Qualquer batida rompe o casco e é fatal.
Promessa de novos tempos
O ministro Dias Toffoli assumiu ontem a Presidência do Supremo Tribunal Federal, falando em tom conciliador e destacando a prudência como valor indispensável. Pretende que a mais alta Corte deixe de ser palco de intrigas. Estava na hora.
Após muita polêmica
O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Valter Nagelstein, enviou ontem ofício ao prefeito Nelson Marchezan Júnior, comunicando que recebeu a decisão judicial que obriga ao retorno do nome original da Avenida Castelo Branco.
Há 25 anos
A 14 de setembro de 1993, o Supremo Tribunal Federal, por sete votos favoráveis e três contrários, suspendeu a cobrança do Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras, que estava em vigor desde 13 de julho do mesmo ano. A iniciativa foi da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio. O presidente Itamar Franco declarou-se “apreensivo” com a perda de receita e disse que determinaria “cortes de gastos em diversos níveis do poder”.
Crimes sem pena
Onde andará Joesley “nóis não vai ser preso” Batista?
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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