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Saúde Varíola dos macacos: “qualquer pessoa pode pegar, desde que tenha contato próximo com alguém doente”, diz infectologista

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A epidemia de varíola dos macacos começou na Europa, no fim de abril. (Foto: Reprodução)

A epidemia de varíola dos macacos, ou monkeypox, começou na Europa, no fim de abril. No mundo, já são 32 mil casos confirmados; mais de 2.500 deles no Brasil. O que vai acontecer daqui para frente? Dá para conter o surto, ou a doença vai se alastrar ainda mais?

“Qualquer pessoa pode pegar monkeypox, desde que tenha contato próximo com uma pessoa doente”, explica o infectologista da USP, Rico Vasconcelos.
E já começam a surgir casos em crianças e mulheres. Nessa expansão do surto, o doutor Rico tem uma preocupação em especial: “É a gestante o que mais me tira o sono em relação a monkeypox”, diz.

“Aqui no Brasil e no mundo a gente tem um índice de letalidade baixíssimo. Mais de 33 mil casos, dos quais apenas 10 óbitos foram registrados. E é muito triste o acompanhamento do paciente com monkeypox que tem uma forma mais grave, com dor. É muito comum a pessoa ter dor intratável, sangramento e que pode ficar por até duas semanas com dor, até que uma hora começa a melhorar”, diz Rico.

Emergência e vacinas

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afastou a possibilidade de declarar emergência em saúde pública para a varíola dos macacos (ou monkeypox) no Brasil.

“A Espin (emergência em saúde pública) tem critérios pra que seja reconhecida. EUA e Austrália foram os únicos que reconheceram. Até agora não recebi solicitação técnica da área para que considerasse ou não a edição de uma portaria em relação à Espin. Agora eu pergunto: vamos supor que eu reconhecesse hoje, o que ia mudar?”, disse Queiroga.

A decisão vai na contramão do que a Organização Mundial da Saúde (OMS), os Estados Unidos e a Austrália já definiram. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pediu na última semana que a pasta declarasse emergência em saúde pública.

O Centro de Operações de Emergências (COE) do Ministério da Saúde contra a varíola dos macacos entrou em funcionamento em 29 de julho, que foi, também, a data da primeira morte pela doença no Brasil. A pasta extinguiu duas semanas antes a sala de situação que monitorou a monkeypox por 50 dias.

O ministério anunciou que iria adquirir de 50 mil doses de vacinas para monkeypox, intermediada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opoas), que representa a Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente americano.

O cronograma deve ser fechado nesta semana, mas, por ora, prevê que as 20 mil primeiras doses desembarquem no Brasil no próximo mês. Já a próxima remessa ficaria para novembro. No público-alvo, estão trabalhadores de saúde e pessoas que tiveram contato com pacientes.

A pasta também pretende comprar o antiviral tecovirimat, aprovado contra varíola humana pelo Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, para pesquisas clínicas. Não há previsão de quando o tratamento deve chegar ao País.

Tanto o imunizante quanto o medicamento não têm aval ou pedido de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A autarquia avalia cinco testes para detectar a varíola dos macacos.

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