Terça-feira, 29 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Cinema Veja cinco curiosidades sobre o Brasil na história do Oscar

Compartilhe esta notícia:

"Onde Eu Moro" está indicado na categoria de Melhor Documentário em Curta-Metragem. (Foto: Reprodução)

O diretor Pedro Kos, de 44 anos, estava dormindo quando saiu a lista dos indicados ao Oscar. Logo, a caixa postal de seu celular começou a receber uma quantidade considerável de mensagens e ligações.

Quando ele finalmente soube que Onde Eu Moro (Lead Me Home, no original) estava entre os finalistas da categoria de Melhor Documentário em Curta-Metragem, não acreditou: estou sonhando ou já acordei?

Pedro não pretende ir sozinho à 94ª cerimônia de entrega do Oscar, no Teatro Dolby, em Hollywood, neste domingo (27). Vai levar dois dos 15 personagens retratados no documentário para desfilar no tapete vermelho.

Onde Eu Moro vai disputar o Oscar de Melhor Documentário em Curta-Metragem com The Queen of Basketball, Three Songs for Benazir, When We Were Bullies e Audible.

Veja a seguir cinco curiosidades sobre o Brasil na história da maior premiação do cinema mundial:

1) A primeira vez que um brasileiro concorreu ao Oscar foi em 1945:

O compositor Ary Barroso (1903-1964) disputou a categoria de Melhor Canção Original com a música Rio de Janeiro, do filme Brazil, de Joseph Santley. No entanto, quem levou a melhor foi Swinging on a Star, composta por James Van Heusen (1913-1990) para O Bom Pastor, estrelado por Bing Crosby.

À época, Walt Disney (1901-1966) chegou a convidar o autor de Aquarela do Brasil (1939) para assumir o cargo de diretor musical em sua produtora, em Hollywood. Rubro-negro fanático, Ary declinou do convite. E, para espanto do criador do Mickey Mouse, justificou a recusa: “Because don’t have Flamengo here!”.

Em 2012, outra canção original brasileira voltou a concorrer ao Oscar. Composta a seis mãos por Carlinhos Brown, Sérgio Mendes e Siedah Garrett, Real in Rio, da animação Rio, concorreu com Man or Muppet, escrita por Bret McKenzie para o filme The Muppets. E perdeu.

2) O primeiro longa brasileiro a disputar Melhor Filme Internacional foi O Pagador de Promessas:

Escrito e dirigido por Anselmo Duarte (1920-2009), O Pagador de Promessas conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, um dos mais prestigiados do mundo. Mas, na 35ª cerimônia de entrega do Oscar, não teve tanta sorte. Perdeu para Sempre aos Domingos, do cineasta francês Serge Bourguignon.

Convidado para assistir à cerimônia, Duarte recusou o convite. Não gostou quando soube que a Academia tinha alterado o título de seu filme para The Given Word (A Palavra de Compromisso, em livre tradução). “Ganhei convites, passagens de avião, hotel pago e tudo mais”, declarou, em 2004. “Recusei tudo”.

Outros três filmes brasileiros já foram indicados: O Quatrilho (1996), de Fábio Barreto (1957-2019); O Que É Isso, Companheiro? (1998), de Bruno Barreto; e Central do Brasil (1999), de Walter Salles.

O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional. No entanto, nunca levou a estatueta dourada. Até o momento, a Argentina ganhou duas — A História Oficial (1986) e O Segredo dos Seus Olhos (2010) — e o Chile, uma — Uma Mulher Fantástica (2018).

3) Fernanda Montenegro concorreu a Melhor Atriz

Fernanda Montenegro foi a primeira atriz latino-americana a concorrer ao Oscar de Melhor Atriz. Depois dela, vieram Salma Hayek, mexicana, por Frida (2002); Catalina Sandino Moreno, colombiana, por Maria Cheia de Graça (2005), e Yalitza Aparício, mexicana, por Roma (2019).

Fernanda concorreu com Gwyneth Paltrow, de Shakespeare Apaixonado; Cate Blanchett, de Elizabeth; Meryl Streep, de Um Amor Verdadeiro; e Emily Watson, por Hilary and Jackie. A grande vencedora foi Gwyneth Paltrow.

4) Orfeu Negro ganhou Melhor Filme Internacional em 1960

O filme é falado em português, se passa em uma favela do Rio de Janeiro e tem músicas de Tom Jobim (1927-1994) e Luiz Bonfá (1922-2001). Mas, não é um filme brasileiro. Trata-se de Orfeu Negro, adaptado por Marcel Camus (1912-1982) a partir da peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes (1913-1980).

Em 1960, Orfeu Negro ganhou o Prêmio de Melhor Filme Internacional e levou a estatueta para a França. Conquistou, ainda, a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Globo de Ouro de Melhor Filme em língua estrangeira.

5) Nenhum outro filme brasileiro ganhou tantas indicações quanto Cidade de Deus:

Foram quatro: Diretor (Fernando Meirelles), Roteiro Adaptado (Bráulio Mantovani), Edição (Daniel Rezende) e Fotografia (Cesár Charlone). Não levou nenhuma.

Meirelles disputou a estatueta de Melhor Diretor com Peter Jackson (O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei); Clint Eastwood (Sobre Meninos e Lobos); Peter Weir (Mestre dos Mares – O Lado Mais Distante do Mundo); e Sofia Coppola (Encontros e Desencontros). Naquele ano, não deu para ninguém. O filme de Peter Jackson conquistou as 11 estatuetas que disputou. Inclusive a de Melhor Diretor.

Em 2020, Dois Papas concorreu em três categorias: Melhor Ator (Jonathan Pryce), Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro Adaptado (Anthony McCarten). Meirelles não foi indicado a Melhor Diretor.

tags: Você Viu?

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Cinema

Confira a lista dos indicados ao Oscar 2022 na premiação deste domingo
Oscar premiou 14 vezes a Itália, e nunca o Brasil; confira lista
https://www.osul.com.br/veja-cinco-curiosidades-sobre-o-brasil-no-oscar/ Veja cinco curiosidades sobre o Brasil na história do Oscar 2022-03-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar