Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2015
Serão necessários ainda alguns anos para os cientistas provarem se algumas das drogas experimentais contra o Alzheimer podem realmente ao menos retardar a doença.
A população idosa, no entanto, está em risco agora. Sejam quais forem as conclusões com as drogas, é preciso saber que há passos saudáveis a serem seguidos diariamente, que vão desde um bom sono até lidar com estresse e estudar, que pode diminuir o risco de Alzheimer, segundo pesquisadores. Fazer mudanças no estilo de vida “parece mais promissor do que os remédios, até agora”, disse o médico Richard Lipton. Veja, a seguir, cinco dicas para proteger o seu cérebro contra a perda de memória:
1. Melhor fechar os olhos.
Estudos com mais de seis mil pessoas ligaram a baixa qualidade do sono – especialmente a apneia – à perda de memória precoce, conhecida por enfraquecimento cognitivo leve, que, por sua vez, pode aumentar o risco futuro de Alzheimer. Outra pesquisa mostrou que uma qualidade ruim de sono pode incentivar o depósito de uma proteína chamada amiloide, que caracteriza o Alzheimer. O ideal é conversar com o médico se estiver tendo problemas ligados ao sono, aconselha Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia (EUA).
2. Exercite o cérebro.
Idosos são frequentemente aconselhados a fazer palavras cruzadas, tomar lições de música ou aprender uma nova língua para manter o cérebro ativo. O efeito protetor desse aprendizado, no entanto, pode começar décadas antes na vida. Na Suécia, pesquisadores investigaram boletins e registros de trabalho de mais de sete mil idosos. Então, um trabalho que necessite de conhecimento de números ou, para mulheres, interações complexas com pessoas – ocupações como pesquisadoras ou professoras, pode ser benéfico contra o Alzheimer.
A razão? Aprender e pensar complexamente fortalece as conexões entre as células nervosas, construindo o que se chama de “reserva cognitiva”. Então, com a chegada do Alzheimer, o cérebro pode resistir mais aos danos antes que os sintomas se tornem aparentes.
3. Mova-se.
O que é bom para o coração é bom para o cérebro também, e a atividade física conta na lista. Pressão alta, diabetes e colesterol alto podem aumentar o risco de enfraquecimento da memória a longo prazo. É bom começar cedo: um estudo acompanhou os hábitos de 3,2 mil jovens adultos por 25 anos, e descobriu que aqueles que eram menos ativos apresentaram uma cognição pior na meia-idade. Comportamentos sedentários, como ficar sentado para assistir TV, desempenharam um papel significativo para esse resultado.
4. Não se esqueça da saúde mental.
Depressão na meia-idade ou terceira idade é um fator de risco para o Alzheimer. Pesquisadores de Harvard descobriram que a solidão acelera o declínio cognitivo por meio de um estudo que rastreou mais de oito mil idosos por mais de uma década. Estresse também faz mal ao cérebro, disse Lipton. E não é só experimentar o estresse, já que todos têm contato – mas como se lida com ele. Pensar demais sobre eventos estressantes, por exemplo, prolonga os efeitos maléficos às células cerebrais.
Um estudo descobriu que idosos que tinham menos ferramentas para lidar com o estresse estavam mais propensos a desenvolver um enfraquecimento cognitivo quase quatro anos antes do que idosos que lidavam bem com o estresse.
5. Tenha uma dieta saudável.
Dietas ricas em frutas e vegetais e pobres em gorduras e açúcar são ótimas para as artérias, que mantêm o sangue fluindo para o cérebro.
Diabetes tipo 2, o tipo que está ligado ao excesso de peso, aumenta o risco de demência ao longo da vida. O laboratório do médico descobriu que uma dieta saudável diminuiu o risco de perda de funções assim que as pessoas ficam mais velhas, em como o cérebro presta atenção nas coisas, organiza e realiza tarefas.