Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2021
Os números da economia no 1º trimestre deste ano surpreenderam positivamente, garantindo um resultado do Produto Interno Bruto (PIB) melhor do que se temia no começo do ano. Dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a economia cresceu 1,2% de janeiro a março deste ano, na comparação com os três meses anteriores.
A piora da pandemia afetou menos a atividade econômica do que no ano passado, o que tem justificado as revisões para cima nas projeções de crescimento do Brasil em 2021, apesar das incertezas ainda elevadas.
Até abril, economistas cogitavam até mesmo o risco de uma nova recessão no 1º semestre, e a maior parte das estimativas apontava um crescimento do PIB ao redor de 3% em 2021. Agora, parte do mercado fala em um avanço acima de 4% no consolidado do ano. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz esperar um crescimento em torno de 4,5% a 5%.
Entre os fatores que explicam a melhora das perspectivas para o PIB, estão números bem menos negativos do que se esperava em março e abril, a maior adaptação das empresas e consumidores à vida com restrições e a alta demanda global por commodities, o que tem impulsionado as exportações brasileiras.
Apesar da surpresa positiva do resultado do 1º trimestre, permanece a avaliação de que a economia cresce em ritmo “morno” e que o saldo deste segundo ano de pandemia ainda deverá ser uma espécie de “0 a 0”, uma vez que o avanço do PIB de 2021 será muito mais uma devolução do tombo histórico de 4,1% do ano passado.
Economistas destacam que o avanço da vacinação conta a covid-19 e a dinâmica da pandemia no País seguem como a principal incerteza, mas que também são fatores de preocupação a delicada situação das contas públicas, a inflação elevada e o desemprego em patamar recorde.
Veja abaixo 5 fatores que explicam a melhora nas projeções para o PIB:
1) Resultados de março menos negativos que o esperado;
2) Menor impacto da pandemia e das medidas de restrição;
3) Diminuição do isolamento social;
4) Alta da demanda global por commodities;
5) Consumo mostra algum fôlego com famílias usando poupança.
E 5 riscos ao crescimento da economia:
1) Incertezas sobre avanço da vacinação e controle da pandemia;
2) Recuperação desigual e serviços ainda muito afetados;
3) Desemprego recorde e renda menor;
4) Risco de inflação acima do teto da meta;
5) Fragilidade das contas públicas e incertezas políticas.