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Mundo Veja o legado de alguns dos personagens mais marcantes nos 20 anos da Guerra do Iraque

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Tony Blair, George Bush e Saddam Hussein foram algumas figuras-chave da Guerra do Iraque. (Foto: Reprodução)

Assim como o vídeo dos foguetes no meio da madrugada em Bagdá, a Guerra do Iraque — que completa 20 anos nesta segunda-feira (20) — foi marcada por personalidades fortes cujas imagens são indissociáveis da história do conflito. São figuras-chave de um confronto que começou sob pretexto falso, pôs um país de ponta-cabeça e deixou centenas de milhares de civis mortos.

George W. Bush, o presidente americano que menos de dois anos antes havia invadido o Afeganistão, é um nome-chave. Outro é o de seu secretário de Estado, Colin Powell, que foi ao Conselho de Segurança da ONU dizer que o regime de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.

Duas décadas após o conflito, alguns deles morreram e outros foram mortos, houve aposentadorias e legados destruídos. Em sua maior parte, contudo, legados muito diferentes dos imaginados quando Bush foi à rede nacional em 19 de janeiro de 2003 anunciar que uma invasão no Iraque era iminente.

Veja o principais nomes da guerra e como estão atualmente:

Saddam Hussein

Saddam Hussein foi o todo-poderoso ditador do Iraque por 24 anos, período no qual promoveu um culto à sua própria personalidade apostando na tirania para liderar o regime que mantinha a maioria de muçulmanos xiitas sob o controle da minoria sunita.

Uma das mais marcantes imagens da guerra do Iraque mostrava Saddam Hussein, desgrenhado e barbudo, depois de ser capturado escondido em um buraco. Ele foi deposto em 9 de abril de 2003, mas fugiu de Bagdá com sua família, dando início a uma das maiores perseguições da História.

A caça duraria oito meses, quando foi encontrado na cidade de ad-Dwara. Três anos depois da prisão, Saddam foi enforcado em 30 de dezembro de 2006, depois de ser condenado à morte em um tribunal iraquiano pelo massacre de Dujail, em 1982.

George W. Bush

O presidente George W. Bush chegou à casa Branca em janeiro de 2001 após uma controversa disputa eleitoral com o democrata Al Gore, que foi parar na Suprema Corte. Oito meses depois, em 11 de Setembro de 2001, os EUA foram palco do maior ataque terrorista de sua História.

Bush então ordenou a invasão do Afeganistão — conflito que durou 20 anos e seria o mais longo já travado pelos EUA — alegando que o regime talibã dava abrigo ao chefe da al-Qaeda, Osama Bin Laden. O terrorista foi morto no Paquistão em 2011.

Sob o argumento de que Saddam Hussein tinha armas de invasão em massa, a invasão do Iraque começaria menos de dois anos após o 11 de Setembro.

Três meses depois da invasão, Bush apareceu a bordo do imponente porta-aviões USS Abraham Lincoln para marcar o que seria o anúncio do fim de grandes operações militares no Iraque.

No ano passado, o republicano foi responsável por uma das maiores gafes da História recente americana. Ao criticar o presidente russo, Vladimir Putin, pela guerra na Ucrânia, Bush chamou de “injustificada” e “brutal” a invasão “do… Iraque”. Ele logo corrigiu o erro, afirmando que falava do conflito no Leste Europeu.

Tony Blair

Quando chegou ao poder em 1997, Tony Blair era o primeiro-ministro britânico mais jovem do século XX. Durante o início de seu governo, chegou a ter popularidade recorde e era bem-quisto internacionalmente.

Blair estava no poder quando os Estados Unidos foram atacados, em 11 de setembro de 2001, e ofereceu apoio incondicional ao governo Bush na invasão do Iraque, sustentando inclusive o argumento das armas de destruição em massa.

No texto de um memorando confidencial escrito por Tony Blair para George Bush se lê a frase: “estarei com você, não importa o que aconteça”. A parceria inabalável entre os dois aliados rendeu a ele o apelido de “poodle de Bush”.

Em 2016, o relatório final da investigação do governo britânico sobre o papel britânico na guerra do Iraque acusou Blair de apoiar a invasão sem esgotar as opções pacíficas. O texto também disse que Bagdá não representava uma ameaça iminente e que os países envolvidos na operação militar minaram a autoridade das Nações Unidas.

Tarik Aziz

Tariq Aziz era a face mais conhecida do regime de Saddam Hussein. O chanceler iraquiano era o principal conselheiro de política externa do ditador e teve papel determinante na aproximação com o Ocidente, nos anos 1980, durante a guerra contra o Irã.

Na lista de iraquianos mais procurados — impressa em cartas de baralho entregues aos soldados — Aziz era o número 43. Ele se rendeu aos americanos e foi julgado e condenado a morte, nos anos seguintes, pelo corte iraquiana.

A sentença de morte nunca foi executada e Tariq Aziz morreu, em 2015, aos 79 anos, de causas naturais.

Colin Powell

Colin Powell foi o primeiro negro a chegar ao posto de secretário de Estado americano. Veterano do Vietnã, ele se tornou general condecorado, chegando a chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas e também Conselheiro de Segurança Nacional. Ele chefiava a diplomacia americana desde a posse de Bush, em janeiro de 2001.

Parte do prestígio de Powell foi consumida em uma única apresentação nas Nações Unidas. O secretário de Estado apresentou o relatório preparado pela inteligência americana para comprovar a existência de armas de destruição em massa no Iraque. As armas nunca apareceram e fontes das informações secretas se mostraram falsas.

Anos depois, Powell declarou lamentar o erro dos serviços de inteligência e admitiu que o episódio manchou sua carreira. Ele tratava um câncer quando morreu de covid, aos 84 anos, em 2021.

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