Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2019
O Tá na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) desta quarta-feira (30), discutiu o cenário das fusões e aquisições, assim como a atração de investidores para o País e para o Estado. Especialistas analisaram como está se comportando esse nicho de negócio, que movimenta bilhões ao ano e joga luzes no Brasil, tornando destino de investidores internacionais.
O evento aconteceu na sede da Federasul e teve mediação do vice-presidente Anderson Cardoso. O palco da reunião-almoço recebeu Carlos Parizotto, da Cypress; Clovis Meurer, da Companhia de Participações (CRP) e Ricardo Schimitt, da StoneCapital Investimentos.
Sócio-fundador da Cypress e líder da prática de Mergers and Acquisitions (M&A), Parizotto deixou claro que o cenário brasileiro é promissor, visto que “os empresários brasileiros encontram hoje uma variedade de opções para o financiar o crescimento de seus negócios, opções antes somente disponíveis às grandes corporações”, afirmou.
Além da austeridade nas finanças públicas e da aprovação definitiva da nova legislação previdenciária e de outra que garante a liberdade econômica, as possibilidades oriundas de privatizações e readequações de mercado e até mesmo a perpetuação da marca, tornam o “terreno brasileiro” fértil para esse tipo de investimento. Conforme estudo conjunto entre Cypress e KPMG, o ramo de Tecnologia é o que mais movimenta o setor, seguido de Serviços Auxiliares e Serviços Públicos (privatizações).
“Nosso montante disponível para investimentos ultrapassa os R$ 40 bilhões. O Brasil possui inúmeros setores e milhares de possibilidades de negócios. Desde tecnologia, passando por saúde, educação, além de possibilidades junto aos governos, por meio de processos de desestatização”, disse o diretor da CRP, Clovis Meurer. Com quase quatro décadas de atuação a CRP acumula 10 fundos de investimentos e foi responsável, de acordo com dados divulgados pela Companhia, por mais de 30 IPOS apenas na última década.
De acordo com Ricardo Schimitt, da StoneCapital Investimentos “é preciso saber o que quer, por que motivo escolher essa possibilidade de capitalização e conhecimento profundo do setor ao qual está inserido. Por isso é necessário o acompanhamento e o apoio de uma boa assessoria no assunto”, explicou. Ele ainda brincou “contratar assessoria técnica não é caro. Caro é um contrato ruim”.
Conforme os especialistas, apesar da pluralidade de negócios à disposição e em potencial, o Brasil não é a primeira alternativa para investimentos. A democracia jovem e a economia recentemente estável, considerando a partir da implantação do Real, em 1994 e as instabilidades políticas faz o País sair do foco direto dos investidores. Segundo o executivo da Stone, o Brasil deve alcançar um PIB de 2,5% nos próximos dois anos, e as startups já são consideradas a mola propulsora do setor, e responsável pela formação das chamadas empresas unicórnios, tais como NuBank e IFood, que surgiram há pouco tempo, mas que valem milhões.