A capital da Rússia, Moscou, sofreu o que o governo classificou como “uma das
maiores tentativas de ataque” desde o início da guerra com a Ucrânia. A informação foi divulgada pelo prefeito da cidade, Sergei Sobyanin, nas redes sociais. Os ucranianos são acusados pelo ataque.
Um total de 11 drones que seguiam para a cidade foram abatidos pelo governo russo na noite de terça-feira (20) no Brasil — madrugada de quarta (21) na Rússia. A investida foi registrada no distrito de Podolsk, a cerca de 38 km de distância do Kremlin. Por questões de segurança, três dos quatro aeroportos da capital ficaram fechados até a manhã de quarta.
Outros 23 drones foram lançados na região fronteiriça de Briansk, seis na região de Belgorod, três na região de Kaluga, e dois na região de Kursk. Ao todo, foram 45 abatidos, segundo comunicado da Defesa da Rússia divulgado no aplicativo de mensagens Telegram.
Ainda de acordo com as autoridades da Rússia, não houve danos ou vítimas no local onde caíram os destroços. O país disse estar “monitorando a situação”.
Os ataques aconteceram no momento em que os ucranianos avançam sobre Kursk. Somente neste mês, a Ucrânia destruiu três pontes na região.
Os atos tinham como objetivo afetar a movimentação de tropas da Rússia e impedir a chegada de recursos para evitar resistências no local. A invasão também já provocou a saída de mais de 122 mil pessoas.
Paralelamente, o Comando Militar da Ucrânia afirmou que neutralizou 50 drones russos. Ao todo, 69 foram lançados contra o país também na madrugada de quarta.
Base aérea
A Ucrânia realizou um ataque com drones contra o campo de aviação militar russo de Marinovka, na região de Volgogrado, sul da Rússia. A ação atingiu um local de armazenamento de combustível e de bombas aéreas, disse uma fonte de segurança em Kiev nessa quinta-feira (22).
O governador da região de Volgogrado, na Rússia, Andrei Bocharov, disse mais cedo que um incêndio teria começado na instalação militar da região depois que um drone ucraniano colidiu com ela. O político disse não haver vítimas.
A fonte informou que o ataque seria parte de uma campanha de ataques ucranianos a bases aéreas russas usadas por aviões de combate para realizar ataques regulares contra alvos na Ucrânia.
Além dos ataques com mísseis, a Ucrânia tem sinalizado, em particular, que a Rússia tem usado bombas aéreas produzidas de forma barata e disparadas por aviões de guerra. Kiev afirma, ainda, que isso é uma ameaça às posições ucranianas no leste.
Mesmo depois do fornecimento de um pequeno grupo de caças F-16 fabricados nos EUA, a força aérea ucraniana continua em desvantagem quando comparada à frota de aviões de guerra da Rússia, que é muito maior e mais bem armada.
Em fevereiro de 2022, a Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia. A fonte consultada pela Reuters disse que o ataque com drones foi uma operação conjunta conduzida pelo Serviço de Segurança da Ucrânia e pelas forças especiais do país.