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Veja quais itens não podem faltar no novo Orkut

O criador da plataforma original não confirmou nem negou a chegada de um suposto Orkut 2.0. (Foto: Reprodução)

O Orkut.com pode voltar em breve e a internet ainda não sabe como lidar com essa novidade. O criador da plataforma original, Orkut Büyükkökten, não confirmou nem negou a chegada de um suposto Orkut 2.0, embora tenha dito que pretende lançar um projeto novo nesse segmento. Apesar disso, ele não mencionou uma data de lançamento, o que colocou ainda mais lenha na fogueira.

São inúmeras memórias e recursos bacanas que vem à mente quando se fala do retorno desta amada de rede social. Quem navegava na internet entre 2004 e 2010 sabe do que se trata, e provavelmente está bastante empolgado com o projeto do ex-engenheiro de software do Google.

Veja uma lista com alguns itens que não podem faltar no “novo Orkut”:

1) Avaliação dos amigos

Todo mundo tem aquele amigo super legal, um colega de trabalho muito confiável, um crush sexy. Essas pessoas podiam ser avaliadas no Orkut pelos seus amigos. O sistema de pontuação considerava quatro categorias:

— Fã: com uma estrelinha para indicar alguém que você admirasse;
— Confiável: o emoji sorridente para quem não faz fofoca ou está presente nos momentos mais difíceis;
— Legal: o cubo de gelo era um trocadilho com a palavra cool (que significa legal, em inglês), usado para quem era amigável com você;
— Sexy: os corações vermelhos sugerem a avaliação de pessoas atraentes.

A função incentivava uma certa competitividade no Orkut, reforçando estereótipos de beleza, o que não é tão bacana nos dias de hoje, mas a essência do recurso é bem interessante se for repensada. Poderia ser usada para dar match, com base em um jogo de perguntas e respostas, ou como uma ferramenta para aproximar pessoas.

Outra alternativa seria um retorno como uma espécie de caderno de anotações individuais para que cada pessoa possa classificar seus amigos. Os dados seriam privativos, mas ajudariam a guiar o algoritmo de conteúdo da rede, por exemplo, indicando quem é mais importante para você.

2) Visualizações de perfil e quem te visitou

Saber quem andou bisbilhotando seu perfil é um recurso útil e desconfortável ao mesmo tempo. Se por um lado é bom saber quem esteve vendo sua conta, por outro envolve questões relacionadas à privacidade das pessoas.

O Orkut exibia as estatísticas de quantas pessoas visitaram seu perfil e quem o fez, com o link para o perfil do usuário. É um sistema que existe até hoje no LinkedIn, por exemplo, porém que foi abolido demais redes sociais.

As plataformas têm muitos números disponibilizados como “insights”, mas isso pode ser bastante confuso para o usuário mais leigo. Voltar com essa possibilidade poderia trazer como benefício saber quem anda “stalkeando” seu perfil e reduzir a incidência de fofoca, já que o outro vai saber quando esteve por lá.

3) Comunidades

O uso das Comunidades é recurso mais marcante do Orkut de todos os tempos. Os grupos de reunião de pessoas estão em alta no Twitter e no WhatsApp, embora já existam no Facebook há uma década.

Desde que surgiram, em 2014, elas foram mais usadas para expressar sentimentos ou gostos pessoais, o que ajudava o outro a conhecer sem precisar conversar — até porque não havia ferramenta de chat. Uma nova rede social que preze pela integração entre humanos certamente precisa conter um local de reunião pacífica de gente com ideias em comum. A ideia é reduzir a dependência do algoritmo e incentivar as conversas nestes ambientes seguros.

As comunidades do novo Orkut podem não ter um formato estático como o naquela época, mas aprimorando o conceito com coisas inéditas, como salas de bate-papo por áudio ou vídeo, transmissões ao vivo e ferramentas nativas de integração entre as pessoas. Tudo isso exigiria ferramentas de moderação atuais e possíveis recursos de monetização para incentivar o trabalho de gestão dos ambientes.

4) Scraps e depoimentos

Em uma época em que chat em tempo real era luxo, a forma de comunicação no arcaico Orkut era o envio de scraps (mensagens de texto públicas) e depoimentos (relatos que ficavam na página inicial do usuário). Quando você não queria que outras pessoas viessem sua mensagem, era comum enviar como “depô” com um aviso bem grande de “NÃO ACEITAR” — o que nem sempre adiantava, porque vira e mexe alguém apertava o botão errado, por engano.

O Facebook tem um recurso para deixar mensagens no perfil de um usuário, na tentativa de emular essa funcionalidade, mas a ideia nunca foi usada da mesma maneira. Isso pode ter ocorrido porque o layout da rede não favorecia a entrada em perfis alheios, graças ao “Feed de Notícias”, portanto não faria muito sentido deixar um lindo depoimento de amizade ou amor se ninguém vai ler.

Esse formato poderia retornar mais moderno, com o devido destaque nos perfis para incentivar as pessoas a deixar comentários sobre as outras. Era muito bom receber palavras carinhosas que quem gostava e isso poderia retornar facilmente em uma nova versão da rede social. Aqui vale ressaltar novamente o LinkedIn, que possui um sistema de indicação parecido, no qual você pode avaliar quem já trabalhou com você.

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