Quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2024
Dos 27 governadores, 14 não atenderam ao convite do governo para o evento.
Foto: Ricardo Stuckert/PRO ato no Congresso que marcou um ano dos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro teve ausências de governadores e parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Planejada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o evento “Democracia Inabalada” também não contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e de quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dos 27 governadores, 14 não atenderam ao convite do governo para o evento. Um dos ausentes foi o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Ele chegou a ser afastado das suas funções após os ataques do 8 de Janeiro pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ibaneis está em férias nos Estados Unidos. O governo da capital federal foi representado pela vice-governadora Celina Leão (PP). Assim como Ibaneis, o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também citou férias para justificar a sua falta.
Os outros dois governadores do Centro-Oeste também não compareceram à solenidade. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União). Mendes publicou nas suas redes sociais um registro de um compromisso no seu Estado, enquanto que Caiado cumpriu agendas em São Paulo.
Dos sete governadores das regiões Sul e Sudeste, apenas dois compareceram: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, e Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está na Europa. O vice-governador Felicio Ramuth (PSD) também não está no Brasil. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que, na última semana, informou por meio da sua assessoria não saber se iria para o evento, também foi um desfalque no evento.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) enviou um ofício para Lula agradecendo o convite para a cerimônia no Congresso, mas disse que não poderia comparecer por causa de “compromissos previamente agendados”. Enquanto o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que na semana passada afirmou que não sabia se iria ou não para Brasília, permaneceu no seu Estado nesta segunda-feira (8).
Apesar de estar em Brasília, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também não compareceu ao ato. Ele havia confirmado presença à cerimônia, mas voltou atrás antes do início do ato após sofrer pressões de lideranças do partido.
Dos sete governadores da Região Norte, apenas o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), foram ao Congresso Nacional. O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), e o governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), cumpriram agendas em seus Estados. Os governadores de Rondônia e do Amazonas, Marcos Rocha (União) e Wilson Lima (União), respectivamente, também não foram a Brasília.
O único governador dos nove Estados do Nordeste que não compareceu ao Democracia Inabalada foi Paulo Dantas (MDB), que é chefe do Executivo de Alagoas. Pelas redes sociais, Dantas mencionou o 8 de Janeiro, mas não falou sobre a sua ausência no Congresso. “Não permitiremos qualquer tipo de autoritarismo e ataques aos Três Poderes”, afirmou.
No Supremo, dos 11 ministros que compõem a Corte, quatro não compareceram à solenidade no Congresso: André Mendonça, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques. Toffoli foi indicado por Lula e Fux pela ex-presidente Dilma Rousseff. Já Marques e Mendonça foram indicados por Bolsonaro. Segundo a assessoria do STF, os ministros faltaram ao evento por não estarem na capital federal.
Assim como Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, participaram do ato no Congresso Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Gilmar Mendes. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que tomará posse no Supremo em fevereiro, também compareceu.