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Variedades Veja sofrimentos psíquicos comuns na infância e o que fazer para ajudar

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Segundo especialistas consultados pela BBC Brasil, são diversos os motivos que levam adultos a buscar terapia para uma criança, entre eles birras, uso excessivo de telas e desobediência aos pais. (Foto: Getty Images)

Muitos de nós nos familiarizamos com as nuances da personagem Riley Andersen no passeio por sua adorável e felizmente imprevisível “torre de controle” emocional retratada nos filmes Divertida Mente e Divertida Mente 2.

Fato é que seria bem mais simples se pudéssemos acessar, dessa mesma forma, os sentimentos e angústias de crianças e adolescentes, já que, muitas vezes, aparecem na forma de sofrimento psíquico ou até mesmo como sintoma de um problema mais complexo.

Porém, mesmo sem a torre de controle de Divertida Mente, muito pode ser feito para auxiliar os pequenos e jovens a lidarem com suas questões de saúde mental.

Causas comuns de sofrimentos na primeira infância

Segundo especialistas consultados pela BBC Brasil, são diversos os motivos que levam adultos a buscar terapia para uma criança, entre eles birras, uso excessivo de telas e desobediência aos pais.

Há também as situações excepcionais e traumáticas, como o adoecimento ou morte de pai, mãe, irmão, avó, avô ou animalzinho; ou, ainda, a mudança de um país ou de uma cidade, que geram desafios para a adaptação no novo lugar.

Separações litigiosas dos pais, abandonos sofridos pela criança, tratamentos médicos de uma doença prolongada ou abusos sexuais ou físicos são outras fontes de traumas que despertam a necessidade de cuidados especiais. Mas não são o foco desta reportagem.

1. Medos de animais, insetos e fantasmas

O medo é um velho conhecido de cada um de nós. Na infância, ele pode perturbar atividades corriqueiras como dormir, fazer atividades ao ar livre ou até mesmo tomar banho. É por volta dos três anos que os medos costumam aparecer, explica a psicanalista Adela Stoppel de Gueller, doutora em Psicologia Clínica pela PUC-SP e coordenadora do Departamento de Psicanálise com Crianças do Instituto Sedes Sapientiae.

“Eles aparecem quando a criança já consegue se exprimir através da fala e se diferenciar da mãe, do pai e dos irmãos. Os medos reorganizam o mundo da criança estabelecendo alguns lugares como proibidos, como ‘não quero entrar nessa casa porque tem um cachorro'”, detalha Gueller, que é autora do livro Atendimento psicanalítico de crianças (editora Zagodoni).

Alguns medos se transformam em fobias, tamanha a intensidade. Segundo a psicanalista, quanto mais comum é o objeto da fobia, ou seja, o que causa medo, mais restrita fica a circulação pelo ambiente e mais angustiada está a criança.

Os medos são preocupantes quanto mais limitadores forem em termos de circulação da criança pelos espaços e quanto mais intensas e descontroladas forem as crises de angústia. Se a criança estiver se sentindo encurralada, é preciso buscar ajuda profissional.

2. Medo da própria morte ou da morte de pessoas queridas

Dentre as inúmeras fontes e situações que dão medo a uma criança, a morte talvez seja a que mais desconcerta os pais. Curiosamente, o que a criança mais teme não é a morte, mas, sim, o desamparo, que pode vir com a morte de algum cuidador muito importante para a criança, explica a psicanalista Rosa Maria Marini, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento pela USP.

Não à toa surgem perguntas frequentes e até mesmo pensamentos obsessivos sobre a morte dos adultos ao seu redor. Despistar ou calar esse medo não dissipa a tentativa de entendimento dos pequenos, pondera Marini, que é organizadora dos livros A vivência da morte e do luto na infância e adolescência e Gênero e sexualidade na infância e adolescência: reflexões psicanalíticas (ambos pela editora Ágalma).

“Diante da morte, a criança precisa de palavras para tecer sua própria versão sobre esse acontecimento. Muitas famílias optam por não conversar sobre o assunto com a criança supondo que seria mais pertinente esquecer do que falar. No entanto, é o silencio que a angustia e a joga ainda mais no desamparo”, descreve.

É melhor que o assunto não vire um tabu, mesmo que as conversas sejam difíceis ou desajeitadas. “Falar, brincar, desenhar e narrar a morte são fundamentais para os pequenos poderem compreender a morte e elaborar o luto”, finaliza Marini.

3. Vergonha e timidez excessivas

A vergonha e a timidez são expressões de inibições na infância e, assim como os medos, têm raízes inconscientes, afirma Adela Stoppel de Gueller.

Na prática, isso significa que a criança não sabe por que sente vergonha de falar, ou porque não quer se aproximar de outras pessoas, preferindo ficar mais escondida.

Questionada pelos adultos, ela pode tentar dar alguma desculpa para se livrar da situação, pois ela mesma desconhece o motivo.

Essas reações, em uma certa medida, fazem parte do desenvolvimento, segundo a coordenadora do Departamento de Psicanálise com Crianças do Instituto Sedes Sapientiae.

Ela cita como exemplo o fato de crianças passarem a não querer tirar a roupa em um lugar onde outras pessoas possam vê-la, enquanto um bebê não tem essa percepção. Essa consciência aparece por volta dos três anos. As informações são do portal G1.

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