Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2018
Amamentação: Alicerce da vida. Este é o tema escolhido para Semana Mundial de Aleitamento Materno deste ano, que é comemorada em todo mundo durante os dias 01 e 7 de agosto pela WABA (Aliança Mundial para Promoção do Aleitamento Materno) com apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde) e UNICEF ( Fundo das Nações Unidas para a Infância), com isso a campanha acabou sendo estendida para o “Agosto Dourado”, mês que anualmente foca na importância do aleitamento materno. Se para muitas mulheres, amamentar é fácil, já para outras, o processo pode ser difícil, com dores e dificuldades que passam pela pega do seio, sucção adequada do mamilo, busca de posição de maior conforto do bebê no colo, entre outros fatores, inclusive emocionais, que acabam comprometendo a persistência materna em levar adiante o ato de amamentar.
Hoje, entre 10 mulheres, 9 apontam alguns problemas desta natureza. Quem explica é Carolina Bastos, consultoria materno-infantil, bióloga e mestre em Biociências pela PUCRS, doutora em Farmacologia e Fisiologia pela UNIFESP- EPS (Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina), e que atua como orientadora peri-natal, consultora em aleitamento materno e baby planner.
Ela ministra Cursos para Gestantes e Paternidade Responsável e com grande vivência neste segmento diz que “quatro passos podem levar ao sucesso da amamentação”. O primeiro deles é a avaliação correta da boquinha do bebê, seja por um fonoaudiólogo, pediatra, odonto-pediatra ou consultor, para averiguar se existe algum problema. A auréola do seio, “que tem que estar macia para que o bebê possa sugar adequadamente” é outro passo. A busca de conforto, através do posicionamento correto do bebê com a barriga voltada para a mãe, “sem torcer o corpo”, como reitera a especialista, é fundamental. Finalmente, ela considera relevante a boa hidratação da mãe, ou seja, uma grande ingestão de água durante o dia. A quantidade, como explica Carolina, varia de acordo com tamanho e peso da mãe, mas um mínimo de três litros/dia é recomendável. “Se não houver persistência, em função dos problemas que podem surgir, a amamentação pode ter um fim precoce”, enfatiza.
Em seus cursos, é normal encontrar além de gestantes e mães, muitos homens. Ela conta que faz questão da participação paterna “porque é o pai que vai observar a mãe na hora da amamentação e corrigir ou ajustar alguns destes detalhes, na ausência de um companheiro, é importante que quem vai estar com a mãe possa apoiá-la”.
Dedicada e sempre em busca de aperfeiçoamento, Carolina Bastos, mãe de Valentina, hoje com 5 anos, não abre mão de ouvir pais e gestantes para trazer a melhor solução para seus problemas e diz que é isto “que diferencia o trabalho de uma consultora”. Para ela, é preciso “ouvir a enxergar a pessoa por completo”, pois só assim poderá orientar corretamente sobre o ato de amamentar, considerando que nada substitui o aleitamento materno, seja em nutrientes ou no aspecto emocional que une mãe e filho num relacionamento único. “O Brasil é campeão em desinformação. É um país de má educação científica, onde o doutor Google acaba virando a melhor ferramenta, pelo bem ou pelo mal. É preciso orientar pessoas de forma correta”, finaliza.
A consultora promove cursos e atualmente vem usando as salas de aula do Instituto Ling, em Porto Alegre, e se estendem entre 6 e 8 horas, em um único dia, com periodicidade mensal. Maiores informações com a própria consultora, através do telefone (51)982203910. As vagas são limitadas. (Clarisse Ledur)