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Viagem e Turismo Vêm aí três novos navios para megacruzeiros que “fazem o Titanic parecer um barquinho de pesca”

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Icon of the Seas, da Royal Caribbean, é o maior navio de cruzeiro do mundo, com cachoeira de 17 metros de altura e capacidade para 8 mil passageiros. (Foto: Divulgação)

Com 20 decks, oito “bairros” e 365 metros de comprimento, o Icon of the Seas, maior navio de cruzeiro do mundo, gerou tantas críticas quanto entusiasmo quando a Royal Caribbean o lançou no início deste ano. Mas um fato é inquestionável: com bilhetes de até R$ 79 mil, foi um sucesso de vendas.

E, agora, a Royal Caribbean vai aumentar sua frota de megacruzeiros.

A empresa já tem dois navios da classe Icon encomendados – o Star of the Seas, que está previsto para ser lançado em 2025, e um terceiro navio que ainda não foi nomeado, mas que deve ser entregue em 2026.

Agora, há planos para encomendar um quarto navio, previsto para lançamento em 2027, com opções para um quinto e um sexto. Os novos navios são uma resposta à popularidade do Icon of the Seas, disse Jason Liberty, CEO do Royal Caribbean Group, ao anunciar o acordo para a construção dos novos navios.

“Desde sua estreia, o Icon superou nossas expectativas tanto na satisfação dos hóspedes quanto no desempenho financeiro” disse Liberty em um comunicado.

O navio de 250.800 toneladas, que pode transportar quase 8 mil pessoas, possui oito “bairros” repletos de comodidades, incluindo uma cachoeira de 17 metros de altura de queda, seis toboáguas e mais de 40 restaurantes, bares e locais de entretenimento.

O anúncio da Royal Caribbean ocorre enquanto a indústria de cruzeiros registra demanda recorde, atraindo novos clientes com pacotes a preços atraentes que frequentemente incluem alimentos, bebidas e atividades. Em 2023, o número de passageiros em cruzeiros superou os 29,7 milhões de 2019 por cerca de 2 milhões, totalizando 31,7 milhões.

Este ano, o total de passageiros deve chegar a 34,7 milhões, de acordo com a Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros (CLIA, na sigla em inglês).

Respondendo à demanda, a Royal Caribbean lançou quatro novos navios este ano e tem mais sete encomendados. Outras grandes linhas de cruzeiro, incluindo Carnival, Norwegian e MSC, também estão lançando navios de última geração até 2027.

A tendência atraiu críticas de grupos de defesa do meio ambiente, que alertam que o número e a escala dos navios comprometem o compromisso da indústria com um futuro mais sustentável.

Os grandes navios de cruzeiro do mundo agora são duas vezes maiores do que eram em 2000, de acordo com um relatório da Transport and Environment, um grupo de defesa do transporte e energia limpos com sede em Bruxelas.

Se os navios continuarem a crescer no ritmo atual, os maiores navios em 2025 serão oito vezes maiores que o Titanic, com capacidade para transportar quase 11 mil passageiros, segundo o relatório.

“Os cruzeiros gigantes de hoje fazem o Titanic parecer um barquinho de pesca. Até onde esses gigantes podem crescer? O negócio dos cruzeiros é o setor de turismo que mais cresce e suas emissões estão rapidamente saindo do controle”, disse Inesa Ulichina, oficial de transporte sustentável da Transport and Environment.

Com base nas frotas atuais de suas linhas associadas, a CLIA afirmou que há um forte equilíbrio no tamanho dos navios de cruzeiro. Muitas linhas de cruzeiro argumentam que seus navios maiores estão sendo construídos de forma mais eficiente, alinhados com seus objetivos de sustentabilidade, com recursos que os tornam compatíveis com fontes de combustível mais limpas.

O Icon of the Seas tem várias características projetadas para minimizar a pegada de carbono do navio, incluindo um sistema que converte os resíduos a bordo em energia e um mecanismo avançado de purificação projetado para tratar toda a água residual a bordo.

“Alcançar o zero líquido (ou seja, emissões zero de carbono) não é algo que qualquer empresa possa fazer sozinha”, afirmou o CEO do Royal Caribbean Group em um evento sobre descabornização. “Isso requer solução coletiva de problemas, pensamento criativo e disposição para ter conversas difíceis.” As informações são do jornal The New York Times.

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