Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2023
Em uma partida marcada por erros defensivos do Fluminense e uma acentuada diferença física entre as equipes, o Manchester City aplicou 4 a 0 no time brasileiro e venceu o Mundial de Clubes pela primeira vez em sua história, com gols de Julián Álvarez (2), Nino (contra) e Phil Foden. Em jogo, estava o título mundial dado pela Fifa (entidade máxima do futebol) e um cheque de US$ 5 milhões (R$ 24,3 milhões). O vice leva um pouco menos, US$ 4 milhões (R$ 19,4 milhões).
Apesar de o título ser o auge que um clube de futebol pode conquistar em campo, a remuneração é bem mais baixa do que o da Conmebol dá ao vencedor da Libertadores. Neste ano, o Fluminense levou anda menos do que US$ 18 milhões pela “Glória eterna”, além de US$ 900 mil de bonificação. No câmbio da época, o Fluminense levou R$ 95 milhões.
A premiação da Fifa também é muito aquém ao que a UEFA paga ao campeão da Champions League. Na temporada 2022/2023, o Manchester City levou 20 milhões de euros (R$ 105,2 milhões à época) ao vencer o Inter de Milão na final.
O jogo
Se Fernando Diniz tinha qualquer estratégia para administrar o placar zerado por algum tempo, essa possibilidade se foi com menos de um minuto. Uma saída equivocada de Marcelo permitiu que os ingleses abrissem o placar com apenas 40 segundos, com gol de Álvarez, após Aké carimbar a trave em um chute de fora da área. A principal condição para sonhar em vencer Pep Guardiola seria o erro zero.
No decorrer do primeiro tempo, porém, o Fluminense não abriu mão de seu jogo típico, construindo jogadas desde a defesa, gerando uma série de lances bem arriscados. Durante 30 minutos, uma equipe corajosa e com postura ensaiou a possibilidade de buscar o empate, mas sofreu quando o City conseguia infiltrar na área.
Aos 27, desatenções defensivas em cadeia, de Samuel Xavier a André, em especial, fizeram com que Foden recebesse um passe sozinho pela esquerda e cruzasse. Nino acabou desviando contra a própria meta. A partir daí, com tantos tiros no próprio pé, o tricolor perdeu o ímpeto e passou a ser dominado. Jhon Arias foi um dos poucos que se salvou, incisivo pela direita e tendo uma cabeçada muito perigosa defendida por Ederson.
Nem a volta com John Kennedy no segundo tempo, no lugar de Keno, permitiu que o Flu se encontrasse com seu melhor futebol. A equipe seguiu cedendo espaços pelo lado direito da defesa, e Fábio foi obrigado a fazer duas grandes intervenções, em chutes de Bernardo Silva e Foden, assim como já tinha parado chute de Grealish na primeira etapa.
Diniz abriu mão dos veteranos Marcelo, Felipe Melo e Ganso, para lançar em campo Lima, Alexsander e Diogo Barbosa, e tentar um fôlego final. Porém, um erro de Samuel Xavier perto da área, errando uma tentativa de toque de cabeça, permitiu que Álvarez recebesse na área e cruzasse para Foden apenas escorar para o gol.
Kennedy seguiu tentando no ataque. Em uma jogada dentro da área, foi travado pela defesa inglesa na hora do chute. Depois, mandou uma bomba perigosa, que foi desviada em cima por Ederson. Estava claro que o tricolor não teria mais condições de competir, e Álvarez fechou sua atuação de gala. Aos 42 minutos, o argentino recebeu de Matheus Nunes, cortou André e decretou a goleada por 4 a 0. O árbitro sequer deu acréscimos. As informações são do jornal O Globo.