Desde o último dia 9, o Decreto Nº 37 da Prefeitura de Capão da Canoa, proíbe a comercialização, o fornecimento e o consumo de bebidas alcoólicas e substâncias psicoativas na avenida Beira Mar. O controle está no sétimo dia e acontece das 9h até meia noite numa área de 700 metros de extensão entre as avenidas Poti e Flávio Boianoviski.
“O combate é da ilegalidade, por isso, a fiscalização. Além disso, junto ao letreiro do Muncípio próximo à Casa do Turista tinha muita concentração de menores para beber e fazer uso de outras substâncias tóxicas. Ali é para as pessoas curtirem a praia e veranear. Os moradores se queixavam do barulho de madrugada de garrafas quebradas e muito lixo. De manhã, o pessoal da limpeza encontrava tudo muito sujo e os canteiros pisoteados. Teve depredação e pichação do patrimônio público”, afirma o secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Itamar Trombeta.
O secretário lembra que há 2 anos aconteceu algo semelhante no centro de Atlântida. “Percebemos que estava acontecendo o mesmo de novo. O nosso foco é trazer o conforto e a tranquilidade para os moradores e veranistas que frequentam a área”, ressalta.
Fiscalização
O coordenador da fiscalização, Hélio Tellechea, comenta que os moradores reclamavam do barulho e que houve depredação do patrimônio público. De acordo com Tellechea, depois do decreto voltou a ordem e o sossego no local. O trabalho conta ainda com a atuação da Brigada Militar, da Polícia Civil e do Conselho Tutelar.
O instalador de ar condicionado, Augusto Basler, bebia cerveja comprada no supermercado perto da Casa do Turista. Ele foi orientado a não ingerir bebida alcoólica nessa área. “Vou levar a cerveja para beber em casa. Existem pessoas que cometem exageros e não cuidam do local. Acho que a prefeitura fez bem com o decreto”, opina.
Já o argentino Guilhermo Castroteza não gostou do fato de viajar 1400 quilômetros e não poder tomar cerveja na avenida Beira Mar. “Uma coisa é alguém beber, atrapalhar os outros, cometer exageros e acidentes no trânsito por estar bêbado. Outra coisa é tomar uma cerveja para apreciá-la. Se me impedem disso, é motivo para não retornar a Capão da Canoa”, conta o comerciante que veraneia com esposa e filho pela primeira vez em Capão da Canoa.
Prazo
O Decreto pode durar até o final do verão ou durante o Carnaval. Segundo, o secretário isso ainda será avaliado junto aos órgãos fiscalizadores, Ministério Público, Polícia Civil e Conselho Tutelar. As bebidas alcoólicas podem ser compradas nos 56 quiosques cadastrados na Prefeitura ao longo da área que engloba o decreto, e o consumo, não está impedido a partir da faixa de areia.