Domingo, 05 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2025
Os shoppings centers do Brasil registraram crescimento de 5,5% nas vendas no período de Natal, entre 19 e 25 de dezembro, apontam dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). De acordo com a entidade, foi o maior resultado da série histórica desde 2019. O valor também veio acima da alta de todo o varejo no período, de 3,4%, segundo o índice.
O ticket médio apurado neste Natal foi de R$ R$ 213,83, o que também indica um aumento de 3,3% em relação ao ano passado, quando o setor apresentou um valor médio nas compras de R$ 207,04. Por outro lado, as lojas de rua registraram um ticket médio de R$ 109,47, um aumento de 2,7% frente a 2023.
O presidente da Abrasce, Glauco Humai, afirma que os resultados de 2024 reforçam a importância dos shoppings centers no cenário econômico brasileiro e se diz otimista para a continuidade do crescimento por conta do desempenho que classifica como sólido.
“O crescimento registrado neste período simbolicamente relevante para o varejo é um reflexo da confiança do público, da melhoria da renda das famílias e da baixa do desemprego, além da diversificação de ofertas e experiências disponíveis nos shoppings”, disse Humai por meio de nota.
Todas as regiões do país registraram crescimento, com destaque para o Nordeste (6,4%), Sul (6,3%) e Sudeste (5,7%), seguido do Norte (3,7%) e Centro-Oeste (2,5%).
“Para 2025 seguimos com olhar otimista, mas com cautela, claro, devido aos índices econômicos como o dólar e o juros. Mas vale reforçar que historicamente os shoppings são mais resilientes que outros mercados, e com os investimentos já anunciados para o próximo ano devemos seguir em um caminho positivo e consistente. Há poucas semanas o Iguatemi anunciou a aquisição do RioSul, Pátio Paulista e Pátio Higienópolis. A companhia e a Multiplan têm expansões previstas para Brasília”, acrescenta Humai.
Varejo físico
A atividade do comércio físico na semana do Natal de 2024 apresentou queda de 3,9%, sendo essa a maior retração para a data desde 2020, quando o índice foi de -10,3%. Os dados são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.
A pesquisa revela que, no fim de semana da data comemorativa, o recuo registrado foi de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Com a inadimplência em alta, a prioridade dos consumidores pode ter sido a reestruturação financeira ao optarem por utilizar o 13° salário para o pagamento e renegociação de dívidas, deixando as compras e presentes de Natal em segundo plano”, comenta a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.