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Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2015
As vendas do varejo brasileiro recuaram pelo oitavo mês seguido, puxadas pelo mau desempenho do comércio de veículos. Em setembro, na comparação com agosto, a queda foi de 0,5%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (12).
“Essas oito taxas negativas consecutivas contabilizam 6,8% de perda. É provavelmente a maior perda acumulada. É a maior sequência de taxas negativas [ da série, iniciada em 2000]”, analisou Isabella Nunes, gerente de Serviços e Comércio do IBGE. Em relação a setembro do ano passado, o comércio registrou retração de 6,2%, a maior, nessa base de comparação anual, da série histórica do indicador, que teve início em 2000.
De janeiro a setembro, o setor acumula queda de 3,3% nas vendas e, em 12 meses, de 2,1%. Com a queda de 0,5% em setembro, as vendas do varejo estão 9,2% abaixo do ponto mais alto da série, alcançada em novembro de 2014. A maioria dos segmentos mostrou baixa nas vendas de agosto para setembro, com destaque para veículos, motos, partes e peças, que recuaram 4%, artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,7%), entre outros.
O ramo de supermercados, alimentos e bebidas, que mais pesa sobre o desempenho do varejo brasileiro, ficou quase estável, apontando uma ligeira alta de 0,1%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as oito atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE registraram recuo. As vendas de móveis e eletrodomésticos caíram mais do que todas as outras (17,9%), seguidas por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%); combustíveis e lubrificantes (-8,7%) e tecidos, vestuário e calçados (-12,9%).