Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2017
As vendas do varejo brasileiro caíram 0,9% em outubro ante setembro, o maior recuo para o mês desde 2008, quando a queda registrada foi de 1% contra o mês anterior. O número foi divulgado nesta quarta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e já considera ajustes sazonais.
O IBGE revisou os dados do varejo de setembro. Ao invés de um crescimento de 0,5% nas vendas, conforme havia sido divulgado, o avanço foi de 0,3%. A revisão ocorre por conta da atualização de informações. Na comparação com outubro de 2016, na série sem ajuste sazonal, o comércio teve alta de 2,5%.
Cinco das oito atividades pesquisadas recuam de setembro para outubro
O recuo no volume de vendas do comércio varejista (-0,9%) na passagem de setembro para outubro de 2017 mostrou predomínio de resultados negativos, que alcançaram cinco das oito atividades pesquisadas.
Os maiores recuos foram em: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,5%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,7%) e Móveis e eletrodomésticos (-2,3%). Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação 0,3%, recua após sequência de seis taxas positivas, período que acumulou ganho de 5,3% e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,7%), após avanço de 3,3% em setembro.
Com avanço nas vendas frente a setembro de 2017, estão os seguintes setores: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,4%) e Combustíveis e lubrificantes e Livros, jornais, revistas e papelaria, ambos com aumento de 2,4%.
O comportamento de queda do comércio varejista ampliado (-1,4%) em relação a setembro de 2017 também foi observado nas vendas de Veículos, motos, partes e peças (-1,9%) e Material de construção (-1,0%).
Na comparação com outubro de 2016, o volume do varejo avançou 2,5%, com seis das oito atividades registrando aumento nas vendas. Móveis e eletrodomésticos (10,1%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%) exerceram, nessa ordem, as principais contribuições positivas para o resultado global.
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,2%), Tecidos, vestuário e calçados (4,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%) também pressionaram positivamente o resultado global. Combustíveis e lubrificantes (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,8%) permaneceram influenciando negativamente.
O segmento de Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 10,1 % no volume de vendas em relação a outubro do ano passado, foi responsável pelo maior impacto positivo na no total do varejo de outubro de 2017. Em termos acumulados, os avanços foram de 9,0% de janeiro-outubro e de 5,2 % nos últimos 12 meses. A redução da taxa de juros no crédito à pessoa física, além do impacto positivo da melhora observada no mercado de trabalho influenciaram o comportamento positivo deste setor.
O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 1,5% frente a outubro de 2016, exerceu o segundo maior impacto positivo. O desempenho desta atividade vem sendo beneficiado pelo crescimento da massa de rendimento real habitualmente recebida e pela deflação do preço dos alimentos em domicílio. A taxa acumulada no ano ficou em 0,5% e o acumulado em 12 meses, com variação nula, interrompeu 30 meses seguidos de taxas negativas.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 6,2%, foi a terceira maior contribuição na taxa global do varejo. No acumulado janeiro-outubro a taxa foi de 1,4%, enquanto o indicador acumulado nos últimos 12 meses, com variação de 0,3%, interrompeu 14 meses de taxas negativas.