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Geral Venezuela: observadores independentes negam ter registrado “ataque hacker” que teria atrasado a entrega de boletins de votação

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Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor do pleito, com 52% dos votos. (Foto: Reprodução)

O Centro Carter, único observador internacional independente a atuar na eleição do dia 28 na Venezuela, informou não ter registrado nenhum ataque hacker durante a apuração – como disse o governo para justificar o desaparecimento de parte das atas eleitorais. Ao mesmo tempo, a líder da oposição María Corina Machado pediu “especialmente a Brasil, Colômbia e México” que revisem as atas que os opositores obtiveram por meio da mobilização de militantes.

Estas atas estão no centro da crise aberta com a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de proclamar Nicolás Maduro como vencedor do pleito, com 52% dos votos, contra 32% do opositor Edmundo González. Os números do conselho, porém, são amplamente contestados pela oposição, para quem González obteve 67% dos votos, muito à frente do governo, que teria 30%. O CNE diz que o atraso na apresentação das atas ocorreu pelo suposto ataque de hackers.

“Não temos nenhuma prova disso”, disse Jennie Lincoln, chefe da delegação do Centro Carter que foi à Venezuela, à agência France Presse. “O Centro Carter não pode verificar ou corroborar a autenticidade dos resultados da eleição presidencial declarados pelo CNE da Venezuela”, afirmou a entidade. “O fato de a autoridade eleitoral não ter anunciado os resultados discriminados por seção de votação [nas atas] constitui uma grave violação dos princípios eleitorais”, disse a entidade, que na semana passada afirmou que as eleições no país “não foram democráticas”.

A oposição, por seu lado, reforçou o pedido para que os três países que assumiram o papel de mediadores da crise façam a auditoria das cópias e fotos de atas de que dispõe. “Teríamos muito interesse em interagir com o Instituto Nacional Eleitoral do México e as entidades técnicas de Brasil e Colômbia para auditar esses documentos”, disse Corina, durante uma entrevista coletiva virtual com a mídia mexicana. Inicialmente, os países rejeitaram a ideia de fazer essa recontagem.

“A Venezuela precisa agora mais do que nunca de governos democráticos que falem com muita firmeza, especialmente aqueles que têm comunicação com o partido no poder em Caracas, para que entendam que o conflito na Venezuela transcende as nossas fronteiras”, disse. Na véspera, a líder opositora disse que apreciava o esforço do Brasil e dos outros dois países “para criar um espaço de negociação” com o regime de Maduro.

Ela tem reiterado, no entanto, que não cogita discutir o resultado da eleição, mas sim uma forma pacífica de transição de poder – ocupado pelo chavismo há 25 anos na Venezuela.

Desde as eleições, a tensão na Venezuela não parou de crescer. As forças de segurança detiveram mais de 2.000 pessoas por se manifestarem contra Maduro ou por questionarem os resultados divulgados pelo CNE. Outras 24 pessoas morreram, segundo o grupo local de direitos humanos Provea.

Agentes de segurança e inteligência do governo têm feito buscas sem mandato casa por casa de opositores, batendo na porta e levando-os detidos – numa operação que o próprio Maduro batizou de “toc-toc”.

Na quarta-feira, González desobedeceu a uma intimação para comparecer à sede do Tribunal Superior de Justiça (TSJ), sob a alegação de que não havia garantias de respeito à sua integridade física – e afirmando que a corte não é o foro competente para resolver pendências eleitorais. Desde a eleição, várias autoridades chavistas têm defendido a prisão tanto de González quanto de Corina. As informações são do jornal Valor Econômico.

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