Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2024
O prazo legal de 72 horas se esgotou e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não divulgou o resultado das eleições no país, com o total de votos, nem liberou as atas eleitorais, para confirmar que Nicolás Maduro realmente venceu a eleição.
Nessa segunda-feira (29), mesmo sem ter feito o registro total dos votos, o CNE proclamou Maduro, que já estava à frente da presidência da Venezuela, como reeleito. As regras do Conselho determinam que o total dos votos seja divulgada até 72 horas após a eleição.
No caso das atas eleitorais, ele teria mais prazo, mas o próprio Conselho chegou a prometer que elas seriam divulgadas dentro do mesmo prazo. Mesmo porque, como o sistema na Venezuela também é eletrônico, os boletins de urnas já teriam de ser divulgados e as atas já teriam de estar prontas.
Em uma entrevista coletiva, que virou um pronunciamento, Nicolás Maduro acusou a imprensa de colocar o país em guerra e afirmou que países e organizações de direita estão tentando destruir a Venezuela.
Irritados com a demora, os Estados Unidos subiram o tom contra o presidente da Venezuela, e avisou que a paciência dos EUA está acabando diante da demora do CNE em divulgar as atas das eleições, ameaçando tomar medidas contra a Venezuela caso o país não prove que Maduro foi mesmo o vencedor no pleito.
Na América do Sul, alguns países são contra. Porém, qualquer tipo de interferência na política interna da Venezuela e também contra o aumento de sanções econômicas, agravaria ainda mais a crise econômica e social nesses países sul-americanos.