A Venezuela decidiu, nesta quarta-feira (31), romper as relações diplomáticas com o Peru, anunciou o Ministério das Relações Exteriores venezuelano por meio de um documento enviado ao governo peruano.
“Somos obrigados a tomar essa decisão depois das declarações imprudentes do chanceler peruano que ignoram a vontade do povo venezuelano e a nossa Constituição”, afirmou o chanceler venezuelano, Yván Gil.
Na segunda-feira (29), o Peru anunciou um prazo de 72 horas para que funcionários diplomáticos venezuelanos credenciados no país deixassem o seu território.
Além disso, o chanceler peruano, Javier González-Olachea, condenou a prisão do coordenador-geral do partido Voluntad Popular, Freddy Superlano.
Após o anúncio da Venezuela, o governo do Peru lamentou “o sofrimento do irmão povo venezuelano” e se comprometeu a apoiar o “triunfo da democracia e da liberdade” naquele país.
O Ministério das Relações Exteriores do Peru acrescentou que a vitória eleitoral do presidente Nicolás Maduro não foi demonstrada de forma confiável e reiterou que a comunidade internacional instou que os registros eleitorais fossem tornados transparentes.
Na terça-feira (30), a embaixada da Venezuela no Peru comunicou a suspensão, por tempo indeterminado, do atendimento consular, bem como de todos os procedimentos consulares.