Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2017
Sentados diante de barricadas e dividindo comida, apoiadores da oposição bloquearam vias em diversas partes da Venezuela nesta segunda-feira (15) para tentar manter a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro. Os manifestantes têm ido às ruas diariamente desde o início de abril para exigir eleições, a libertação de ativistas presos, ajuda humanitária estrangeira para amenizar a crise econômica e autonomia para a legislatura controlada pela oposição.
O socialista Maduro os acusa de buscar um golpe de Estado violento. Os manifestantes vêm usando táticas sempre variadas. Alguns cavalgaram por Caracas no sábado, mulheres levaram cartas e flores a postos policiais e militares no Dia das Mães, e centenas pretendiam se unir a pessoas que iriam realizar protestos sentadas a partir da 7h desta segunda-feira.
“Estou aqui para ficar todas as 12 horas. E voltarei todos os dias em que houver um protesto, pelo tempo que for necessário”, disse a funcionária de recursos humanos Anelin Rojas, de 30 anos, sentada de pernas cruzadas com um romance e fones de ouvido no meio da principal rodovia de Caracas. “Infelizmente, estamos enfrentando uma ditadura. Nada irá mudar a menos que os obriguemos”, acrescentou Rojas, cercada de cartazes dizendo “Resistência!” e “Maduro, Sua Hora Chegou!”
Usando galhos, pedras e lixo, os manifestantes interditaram a via expressa Francisco Fajardo, em Caracas, antes do amanhecer. Muitos levaram cadeiras, esteiras e comida para o dia todo.
Houve protestos semelhantes em outras grandes cidades do país de 30 milhões de habitantes. Na cidade de Valência, manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança, e o governador local, do Partido Socialista, disse que um atirador disparou contra a cabeça de um policial, que morreu. (Reuters)