Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2019
O delegado responsável pela investigação do caso do vereador André Carús, Max Otto Ritter, poderia pedir o afastamento do emedebista do mandato de vereança, mas a defesa do vereador se adiantou e protocolou um pedido de licença do assento legislativo.
O responsável por defender o vereador André Carús, preso na terça-feira (1º), advogado Jader Marques, informou que a medida tomada por seu cliente tem como objetivo afastar qualquer desconfiança de que ele poderia interferir nas investigações em andamento e reafirma o compromisso de colaborar com o inquérito. “A defesa acrescenta que o vereador mantém firme seu propósito de esclarecer integralmente os fatos, provando sua inocência”, afirmou.
Todos os funcionários do gabinete de Carús serão ouvidos. Servidores da instituição de crédito também prestarão depoimento. O parlamentar e outros dois servidores com cargos comissionados cargo foram presos temporariamente. O advogado de Carús considera que a prisão é absurda e arbitrária. “Considerando que o vereador tem mandato, endereço fixo, essa prisão é completamente desnecessária e toma as vezes de uma condução coercitiva”, ressaltou Marques. Além disso, o advogado salientou que ainda está tentando acessar o material usado na investigação.
As investigações tiveram início em agosto a partir de denúncias formalizadas junto à Delegacia Especializada, dando conta de que servidores públicos municipais lotados em Gabinete do vereador vinham sendo supostamente obrigados a contrair empréstimos consignados junto a uma determinada instituição financeira. A finalidade alegada era pagar dívidas pessoais do vereador. Por isso, estima-se que os valores tomados de empréstimos por servidores do gabinete superem a cifra de R$300 mil.
Com a deflagração da investigação e prisão de Carús, o diretório municipal divulgou que o comando do partido fica a cargo do deputado Tiago Simon.