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Política Vereador joga sacola de dinheiro pela janela antes de ser preso pela Polícia Federal

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O montante apreendido na residência do vereador ainda está sendo contabilizado.

Foto: Divulgação/PF
O montante apreendido na residência do vereador ainda está sendo contabilizado. (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (10) a operação Overclean. A ofensiva mira o desvio de R$ 1,4 bilhão em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Entre os 17 alvos presos preventivamente está o vereador Francisco Nascimento, de Campo Formoso (BA), primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA).

Segundo a PF, o vereador tentou se desfazer de dinheiro em espécie que mantinha em casa, jogando uma sacola cheia de notas pela janela antes de ser detido. A estratégia, porém, foi em vão. O montante apreendido na residência do vereador ainda está sendo contabilizado. Ele deverá explicar a origem do dinheiro e os motivos para mantê-lo fora do sistema bancário.

As investigações apontam que os envolvidos direcionavam dinheiro de emendas parlamentares e de outros contratos para empresas e pessoas do esquema. E assim desviavam recursos públicos do Dnocs.

Um dos alvos é o vereador Francisco Nascimento, primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA). Nascimento é um dos 17 presos na operação. Além disso, com outro alvo da operação, Flavio Henrique Lacerda Pimenta, foram encontrados R$ 700 mil em espécie. Documentos e contratos suspeitos também foram apreendidos, conforme a PF em nota.

A ação conta com apoio da Receita Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal. A operação contou ainda com o apoio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI).

Em comunicado, a Polícia Federal informou que, além dos 17 mandados de prisão preventiva, foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens nos estados da Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

“As investigações, que contaram com cooperação policial internacional, apontam que a organização criminosa teria direcionado recursos públicos de emendas parlamentares e convênios, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais”, diz a nota.

Ainda segundo a PF, o esquema ilícito atingiu diretamente o Dnocs, especialmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), e movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão durante o período investigado, sendo R$ 825 milhões em contratos apenas em 2024.

Foram determinados o sequestro de R$ 162,4 milhões, além de aeronaves, imóveis de luxo, barcos e veículos. Também foi ordenado o afastamento de oito servidores públicos de suas funções. Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, e lavagem de dinheiro.

 

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