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Porto Alegre Vereadores de Porto Alegre discutem projeto que proíbe a arquitetura hostil em espaços públicos

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A arquitetura hostil tem o objetivo de afastar ou restringir a circulação de alguns indivíduos em espaços públicos

Foto: Fernando Antunes/CMPA
A arquitetura hostil tem o objetivo de afastar ou restringir a circulação de alguns indivíduos em espaços públicos. (Foto: Fernando Antunes/CMPA)

Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre um projeto de lei que proíbe o emprego da chamada arquitetura hostil em espaços de uso público na Capital e determina prazo para a retirada desses itens. A proposta é de autoria da vereadora Cláudia Araújo (PSD) e inclui dois artigos na Lei Complementar n° 284, de 27 de outubro de 1992, que Institui o Código de Edificações de Porto Alegre.

Conforme o projeto, fica vedado, nos espaços de uso público, o emprego de práticas de arquitetura hostil que tenham como objetivo o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população. Entende-se por arquitetura hostil qualquer intervenção ou estratégia que utilize materiais, estruturas, equipamentos ou técnicas de construção ou disposição de objetos com o objetivo de afastar ou restringir, no todo ou em parte, o uso ou a circulação de algumas pessoas. Se aprovada a proposição, os itens de arquitetura hostil deverão ser retirados dos espaços públicos em até um ano, contado da data de publicação da lei.

De acordo com a autora do projeto, em Porto Alegre encontram-se facilmente elementos de arquitetura hostil, tais como arames farpados, grades no entorno de praças e gramados, bancos públicos com largura estreita, relevo não-ergonômico e forma curvada ou irregular, lanças em muretas e guarda-corpos, barras metálicas em frente a portas de comércios, pedras em áreas livres, gotejamento de água em intervalos estabelecidos sob marquises, dentre outros obstáculos que visam impedir a presença de moradores de rua.

“Em razão desse contexto, faz-se necessária uma lei que vise coibir a construção desse tipo de estrutura higienista em nossa cidade. Certamente, não será por meio da remoção forçada e, muitas vezes, truculenta dessas pessoas dos espaços públicos por elas ocupados que garantirá o exercício de seus direitos”, apontou a vereadora.

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