A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos do governo do prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior (PSDB) foi protocolada às 10 horas desta terça-feira (27) na Câmara de Vereadores. O documento foi assinado por 15 vereadores, três a mais do que o mínimo necessário.
Na semana passada, um pedido de impeachment contra o chefe do Executivo havia sido protocolado e rejeitado na Câmara. Dois oito crimes citados no documento, a CPI instaurada hoje investigará três: a suposta constituição ilegal do Banco de Talentos, a suspeita de favorecimento ilegal a empresas de transporte e possíveis irregularidades na locação de um prédio para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE).
O colegiado foi criado com articulação do vereador Roberto Robaina (PSOL), que deve ser o presidente da comissão. Parlamentares de outros cinco partidos o apoiaram. Já o líder da base de Marchezan na Câmara, vereador Mauro Pinheiro (Rede), afirma que o governo tem explicações para os supostos crimes questionados.
A comissão terá 120 dias, que podem ser prorrogados por mais 60, para concluir os trabalhos.
Os vereadores que foram favoráveis à criação da CPI são Roberto Robaina (PSOL), Alex Fraga (PSOL), Karen Santos (PSOL), Adeli Sell (PT), Aldacir Oliboni (PT), Engenheiro Comassetto (PT), Marcelo Sgarbossa (PT), Mauro Zacher (PDT), Márcio Bins Ely (PDT), Cassiá Carpes (PP), Mônical Leal (PP), João Carlos Nedel (PP), Ricardo Gomes (PP), Cláudia Araújo (PSD) e Felipe Camozzato (Novo).