Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2023
O vice-presidente cumpriu agenda no Rio Grande do Sul na sexta-feira
Foto: Cadu Gomes/VPRO vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesse domingo (6) que não teve “nenhuma conversa” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível saída do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Desde o começo do governo, Alckmin acumula a Vice-Presidência com o cargo de ministro da pasta.
“Não tive com o presidente nenhuma conversa a esse respeito. Mas vamos conversar. Cargo de ministro é de confiança do presidente da República. A minha disposição é ajudar, é servir, ajudar o Brasil e colaborar com o governo do presidente Lula”, declarou Alckmin.
Uma das ideias em estudo para dar mais espaço ao Centrão na Esplanada dos Ministérios e facilitar a aprovação dos projetos do governo no Congresso Nacional seria retirar Alckmin do ministério e dar a ele o comando da execução do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que ficaria sob o guarda-chuva da Vice-Presidência.
Lula teria sinalizado, entretanto, que não irá tomar nenhuma decisão em relação ao vice-presidente que não seja do agrado do ex-tucano. O nome de Alckmin também é ventilado por integrantes do Centrão como provável substituto de José Múcio Monteiro no Ministério da Defesa.
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de assumir o comando do futuro PAC, que deve ser anunciado oficialmente no fim desta semana pelo governo federal, o vice-presidente afirmou que, até o momento, essa possibilidade “não existe”.
Mas pontuou que ainda irá conversar com Lula. “Ministério é cargo do presidente da República. Minha disposição é de ajudar, colaborar. Eu vi na imprensa que teria tido uma conversa com o presidente, não teve nenhuma conversa”, acrescentou.
Alckmin avaliou ainda que o Brasil está vivendo um “bom momento”. “O caminho é o dialogo, ouvir bastante. Quando a gente ouve mais, erra menos”, declarou.
O vice-presidente também voltou a defender mais cortes nos juros básicos da economia. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano. Esse foi o primeiro corte em três anos.