Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2015
O jornal norte-americano The New York Times publicou reportagem nessa sexta-feira na qual avaliou o papel do vice-presidente Michel Temer à frente da articulação política do governo e disse que o peemedebista “emerge das sombras” enquanto escândalo envolve a presidenta Dilma Rousseff.
Procurada, a assessoria de Temer informou que o vice-presidente não comentará as análises do jornal.
Responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, Temer disse na quarta-feira que a situação do País é grave, fez apelo por união e afirmou que “alguém” deve ter a capacidade de unir a todos.
A reportagem foi publicada no site do jornal. Intitulado “Vice-presidente do Brasil emerge das sombras enquanto um escândalo cerca Dilma Rousseff”, o texto afirmou que poucos brasileiros davam muita atenção ao peemedebista até recentemente. Para o jornal norte-americano, Temer assume a cada dia papel mais ativo na articulação política do governo.
“Temer está emergindo das sombras enquanto a presidente Dilma Rousseff enfrenta uma rebelião dos partidos de sua coligação, uma economia em declínio e chamados pelo seu impeachment devido a um escândalo envolvendo corrupção colossal na Petrobras, a gigante do petróleo controlada pelo governo”, disse o jornal.
“Mesmo se Dilma permanecer no poder ou for deposta, seu vice-presidente já está vendo sua influência crescer, assumindo um papel mais ativo no dia a dia que rege enquanto estende a mão para apoiadores e opositores do governo”, acrescentou o The New York Times.
Em outro trecho da reportagem, o jornal avaliou que o Brasil passa por “turbulência política” e que isso reflete a “acidificação” do humor nacional. Segundo o NYT, porém, há questionamentos sobre se o vice-presidente pode falar em “unificação” quando “figuras poderosas” do PMDB “saboratam” os esforços do governo para garantir a aprovação do ajuste fiscal no Congresso.
Desafios
O jornal também elencou na reportagem os “desafios” que a presidenta Dilma terá nos próximos meses e citou, por exemplo, a análise pelo TCU (Tribunal de Contas da União) das justificativas apresentadas pelo Executivo para as chamadas “pedaladas fiscais” e o julgamento pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de pedido apresentado pelo PSDB para cassar o diploma de Dilma e Temer. (AG)