Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
O vice-presidente da República Michel Temer prevê dias “duros de roer” para o governo. Em seus diálogos reservados, ele disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve causar muitos problemas para o Palácio do Planalto. Embora mantenha com Cunha um diálogo fluido, Temer decidiu não se intrometer. Planeja atravessar a crise como observador.
Na última vez em que a presidenta Dilma Rousseff lhe pediu uma opinião, ele a aconselhou que não arguisse a suspeição do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes, relator da contabilidade da pedalada do governo referente a 2014. Seu entendimento foi ignorado. E o governo amargou duas derrotas – uma no STF (Supremo Tribunal Federal) e outra na Corte de Contas.
Impeachment
Aliados de Cunha avaliam que, mesmo sitiado pelas más notícias que chegam da Operação Lava-Jato sobre suas contas na Suíça, ele tomará as providências necessárias para destravar a tramitação do pedido de abertura do processo de impeachment contra a chefe do Executivo. O vice-presidente concorda com a avaliação. Mas não pretende se envolver no esforço que o governo realiza para obter os 171 votos de que precisa para deter o impedimento. (Josias de Souza/Folhapress)