Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2024
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin defendeu os esforços do governo brasileiro no fortalecimento da indústria nacional. Ele fez a defesa durante participação no evento “States of the Future” que foi realizado na semana passada na capital fluminense, paralelo aos encontros relacionados ao G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo, cuja reunião de cúpula ocorre em novembro desse ano, no Rio de Janeiro.
“Na indústria tivemos uma desindustrialização precoce”, admitiu. No entanto, comentou que é natural, em algumas economias, que após a economia do local se fortalecer e o país “ficar rico” a indústria mudar de local, para produzir mais barato. “Mas ficamos mais caros antes de ficarmos ricos”, afirmou ele, a comentar que, hoje, ainda é caro para exportar e para produzir no Brasil.
Assim, o vice-presidente, mais uma vez, defendeu a Reforma Tributária realizada pelo governo. Com ela, notou, o país pode reduzir cumulatividade de impostos em produtos e serviços brasileiros. Ele citou recentes dados de estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre efeitos da reforma, na economia brasileira. No estudo, o Ipea projetou que, com as mudanças elencadas na reforma, o PIB do Brasil poderia crescer em 12%; com possibilidade de altas em 14% nos investimentos e de 17% nas exportações, citou. “Temos nos empenhado em nos reindustrializar e agregar valor [aos produtos e serviços brasileiros].”
Alckmin também defendeu menor custo de capital para a indústria investir, e destacou papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesse sentido. “Industria precisa ser competitiva; aí pode entrar o BNDES [a oferecer crédito mais afável]”, notou. “Se eu pego emprestado dinheiro, capital, para trabalhar com 8% de juros reais e o meu concorrente é 1%, ou zero, como é que eu vou competir?”
Entre os campos na indústria em que o país poderia crescer, o vice-presidente citou a energia e, em especial, as renováveis. Ele não descartou que o Brasil possa ser grande produtor de “SAF”. Essa é a sigla em inglês para combustível produzido a partir de matérias-primas renováveis, como a biomassa ou energia elétrica renovável. “O Brasil pode ser o primeiro fornecedor de SAF para a economia. E uma indústria competitiva”, disse.
O vice-presidente fez questão de destacar a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em caminhos para uma indústria e uma economia sustentável. Ele pontuou que, em seu entendimento, Lula conduz o Brasil com desenvolvimento, sustentabilidade, previsibilidade e inclusão. “A inflação caiu, o Risco Brasil caiu”, afirmou.
O “States of the Future”, discutiu até a última sexta-feira (26) com autoridades e especialistas, na sede do BNDES, modelo de Estado socialmente justo que garanta o desenvolvimento sustentável. As informações são do jornal Valor Econômico.