Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2020
Para o vice-presidente, a preservação do Pantanal deve permanecer com o Ministério do Meio Ambiente
Foto: Romério Cunha/VPRO vice-presidente Hamilton Mourão se manifestou nesta terça-feira (13) contra a sugestão de senadores para incluir o Pantanal no Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Mourão preside o órgão, criado pelo governo para lidar com ações contra queimadas e desmatamento na Amazônia Legal (região que abarca nove estados com presença da floresta).
O Pantanal vem sofrendo com intensas queimadas nos últimos meses. Para Mourão, a situação do bioma deve ser tratada pelo Ministério do Meio Ambiente, por se tratar de uma questão de “preservação ambiental”. A Amazônia, na visão do vice, exige não só preservação, como também políticas de desenvolvimento econômico. Senadores chegaram a aprovar um requerimento na semana passada para solicitar ao governo a inclusão do Pantanal no conselho.
“Tenho visto o esforço do pessoal do Senado, a senadora Simone Tebet [MDB-MS] vem propugnando por isso aí, mas eu acho que é um caso que tem que ficar afeto ao Ministério do Meio Ambiente, porque é uma questão de preservação ambiental, só isso”, argumentou Mourão.
Questionado se seria possível incluir o Pantanal no conselho, Mourão respondeu: “Não, não acho. Amazônia é Amazônia, Pantanal é Pantanal, mas tudo depende das decisões que foram tomadas. A gente cumpre a decisão que for tomada”.
A ideia dos senadores é garantir estrutura para o enfrentamento a futuras queimadas no Pantanal, com mais recursos financeiros e estrutura logística, incluindo aparato de combate a incêndios, como helicópteros e apoio da Força Nacional e da Defesa Civil.
De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, as queimadas na região consumiram 14% da área do Pantanal somente em setembro deste ano.