Os combates entre o Exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas continuavam, nessa segunda-feira (9), quando autoridades israelenses afirmam ter retomado todas as localidades invadidas por extremistas palestinos no sul do país. Numa delas, foram encontrados pelo menos 260 corpos, de acordo com a organização de resgate Zaka. Era onde acontecia a edição israelense da rave Universo Paralello, evento organizado pelo pai do DJ Alok que foi interrompido pelo ataque-surpresa do grupo extremista.
O jornal The Jerusalem Post publicou um vídeo em que mostra o momento em que diversas pessoas fogem às pressas de uma festa organizada ao ar livre depois da chegada de membros do Hamas. Segundo a publicação, “os participantes relatam momentos angustiantes de tiros”, crescendo “as preocupações com possíveis vítimas”.
O ataque surpresa do Hamas pegou Tel Aviv de surpresa. Em suas redes sociais, o governo foi taxativo e afirmou estar “em guerra”, ao fim de um comunicado no qual informava que o país estava “sob bombardeio de foguetes desde o início da manhã” de sábado (7).
Israel lançou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra Gaza, com ao menos um deles atingindo um campo de refugiados no norte do enclave.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou na manhã dessa segunda que os militares fazem um “cerco completo total” à Faixa de Gaza, cujas fronteiras leste e sul são compartilhadas com o Estado Judaico.
“Ordenei um cerco completo à Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, nem comida, nem combustível, tudo está fechado”, disse Gallant. “Estamos lutando contra humanos selvagens, e agiremos de acordo.”
Outros vídeos que circulam pelas redes sociais detalham como começou a ofensiva do Hamas, com bombardeios a tanques israelenses e invasão de bases do exército, pela terra e pela água.
Passa de 1.500 o número de mortos desde o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, no último sábado. Do lado israelense são 900 vítimas; entre os palestinos, há 687 mortos.
Os ataques de parte a parte continuam a crescer em intensidade. Depois de ser pego de surpresa em uma ação terrorista sem precedentes, Israel declarou que, no fim de semana atingiu 1.200 alvos na Faixa de Gaza e que, nessa segunda, o número de pontos atingidos dobrou.
Muitos desses alvos, depósitos e fábricas de armas que, segundo Israel, o Hamas teria instalado junto a áreas civis. Israel afirma que uma mesquita que foi destruída servia também como estrutura operacional para o Hamas.
O Hamas também continuou a lançar foguetes contra Israel. Explosões deixaram feridos até na periferia de Jerusalém, cidade sagrada para os dois lados.