Terça-feira, 05 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2024
Uma conexão de Internet lenta pode ser ocasionada por uma série de fatores. Redes sobrecarregadas de dispositivos, roteadores instalados em locais ruins e vizinhanças com muitas redes Wi-Fi, por exemplo, são alguns dos maiores causadores de instabilidade e baixo alcance. Para resolver isso, há algumas medidas simples – porém poderosas – que podem melhorar a sua experiência de uso, sendo necessário apenas alterar algumas configurações ou o posicionamento do seu roteador.
Conheça a seguir alguns dos principais “vilões” do Wi-Fi, ou seja, coisas que podem estar diminuindo a sua velocidade de conexão e funcionamento do roteador. Além disso, existem algumas medidas que você pode tomar hoje para evitar eventuais lentidões de internet.
1. Muitos dispositivos conectados
Todos os aparelhos conectados na sua rede competem um contra o outro para garantir uma parcela de largura de banda suficiente para trocar dados com o roteador e, consequentemente, com a Internet. Se você tem dezenas de aparelhos conectados simultaneamente, e muitos deles realizando operações de alta demanda, como streaming e download de arquivos grandes, por exemplo, é normal aparecerem problemas de performance.
Em um cenário desses, é possível notar um aumento de latência, lentidão de internet quedas de conexão. Esses problemas podem ser causadas tanto pela incapacidade do roteador em gerir tantos dispositivos, além de problemas físicos, como interferências de sinal.
Esse tipo de problema, hoje, é muito menos evidente em roteadores mais modernos e em equipamentos com Wi-Fi 6 ou superior. Roteadores atuais de boa qualidade contam com recursos e algoritmos específicos para trabalhar de forma eficiente nesses cenários, em alguns casos prometendo suporte a centenas de aparelhos ao mesmo tempo.
2. Obstáculos físicos
O sinal da rede Wi-Fi consiste em ondas de rádio que se propagam pelo ambiente, e que podem ter sua intensidade reduzida conforme passam por obstáculos físicos, principalmente móveis densos, paredes e lajes. Por isso, além de usar o roteador em uma posição centralizada, o ideal é remover eventuais objetos ao redor e instalar o aparelho em áreas onde as paredes podem não atrapalhar. É muito importante sempre posicionar o dispositivo tendo em mente aonde você quer usar os seus eletrônicos.
3. Espelhos e objetos metálicos
Espelhos e objetos metálicos refletem o Wi-Fi em outras direções, causando instabilidade de rede nas áreas afetadas. Assim como as medidas para combater a perda de sinal por conta de paredes e móveis, você pode considerar mudar a posição do seu roteado, já que quanto mais centralizado, mais uniforme será o sinal distribuído pela sua residência. Além disso, instalar longe de espelhos e superfícies metálicas grandes também é importante.
Antenas de alto ganho – que você pode comprar à parte e instalar num roteador – roteadores mais novos e sistemas mesh também são possibilidades. Uma rede mesh vai distribuir pontos de acesso por vários lugares, o que permitiria você fortalecer o Wi-Fi em áreas em que percebe perda de conectividade.
4. Roteador instalado ao nível do chão
Quando você coloca o roteador no nível do piso, uma boa parte do sinal acaba imediatamente absorvida pelo chão. Se você pudesse enxergar as ondas de rádio que o aparelho emite, veria que elas são uma esfera irradiando a partir das antenas. Ou seja, uma parte estaria sendo desperdiçada ao não colocar o dispositivo em áreas elevadas.
Por isso, naturalmente, montar o equipamento numa posição mais no alto pode contribuir para diminuir o número de obstáculos pelo caminho, aprimorando o alcance e conectividade com a rede a distâncias maiores do ponto de acesso.
5. Você utiliza a banda errada
Você já deve ter encontrado os termos “dual-band” ou mesmo “tri-band” em referência a redes wireless. Eles designam a quantidade de bandas que o roteador suporta ao estabelecer uma rede Wi-Fi. Em geral, dispositivos a partir do Wi-Fi 4 são no mínimo dual-band, com uma rede de 2,4 GHz e outra de 5 GHz.
A rede de 2,4 GHz tem uma frequência mais baixa e isso restringe a velocidade máxima que ela suporta. Por outro lado, por ser de baixa frequência, o sinal se propaga por distâncias maiores. O 5 GHz, claro, é o contrário: a frequência é alta e causa maior taxa de transferência, mas a distância de cobertura acaba menor.
Em equipamentos atuais, com suporte a Wi-Fi dual band, você não precisa escolher a banda para se conectar ao roteador. O aparelho sozinho detecta o melhor sinal a cada momento e faz a troca automaticamente. Por exemplo: Quando você está na rua, chegando em casa, seu celular deve sozinho encontrar a sua rede e se conectar ao 2,4 GHz. Por outro lado, ao entrar em casa e passar pelo roteador, o telefone terá sozinho migrado para a rede de 5 GHz.
Uma possibilidade que você pode avaliar é segmentar o seu ambiente, configurando equipamentos de baixa demanda para se conectar apenas ao 2,4 GHz, e deixando o sinal de 5 GHz destinado apenas a dispositivos que exigem maior desempenho na hora de usar a Internet.
6. Canais lotados
Esse problema é bem análogo ao anterior. Além das bandas, redes Wi-Fi se dividem em canais. Dentro do 2,4 GHz, por exemplo, existem na prática 13 canais diferentes pelos quais dispositivos podem se comunicar, enquanto que em redes 5 GHz o número passa de 20.
Quando muitos aparelhos disputam um mesmo canal de redes diferentes é comum que problemas de estabilidade de conexão e velocidade apareçam. É comum notar perdas de dados e aumento sensível do lag na conexão com o roteador.
Você pode usar aplicativos de monitoramento de redes sem fio para observar quais canais são mais usados na sua vizinhança e configurar o seu roteador para usar um canal menos povoado. Outra opção é usar mais a rede de 5 GHz, já que, como tem mais canais, é mais fácil achar faixas desimpedidas – apesar de ter um menor alcance.
Assim como em outros pontos, é importante considerar também investir em equipamento mais atual e de melhor qualidade. Roteadores mais sofisticados – muito superiores aos aparelhos baratinhos que o seu provedor cede – contam com algoritmos mais avançados que observam a rede e fazem os ajustes necessários sozinhos.