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Vinicius Jr. se pronuncia sobre punição a racismo na Espanha: “Tenham medo”

Condenação foi a primeira sentença por insultos racistas em um estádio na história do futebol espanhol

Vinicius Júnior se pronunciou sobre a prisão de três torcedores do Valencia por insultos racistas contra o jogador do Real Madrid, anunciada por LALIGA nesta segunda-feira (10). O trio foi condenado a oito meses de prisão, foram banidos por dois anos dos estádios e terão que arcar com os custos do processo.

“Muitos pediram para que eu ignorasse, outros tantos disseram que minha luta era em vão e que eu deveria apenas ‘jogar futebol’. Mas, como sempre disse, não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas. Essa primeira condenação penal da história da Espanha não é por mim. É por todos os pretos”, escreveu.

O atacante da Seleção Brasileira afirmou ainda: “Que os outros racistas tenham medo, vergonha e se escondam nas sombras. Caso contrário, estarei aqui para cobrar. Obrigado a La Liga e ao Real Madrid por ajudarem nessa condenação histórica. Vem mais por aí”.

Condenação

Esta foi a primeira sentença condenatória por insultos racistas em um estádio na história do futebol espanhol. Os três acusados foram considerados culpados por “delito contra a integridade moral do art. 173.1 do Código Penal com agravante de discriminação por motivos racistas (art. 22.4 do Código Penal)”.

Durante a audiência, os acusados leram uma carta com pedido de desculpas a Vinicius Júnior, a LALIGA e ao Real Madrid.

O presidente de LALIGA, Javier Tebas celebrou a condenação: “Esta sentença é uma ótima notícia para a luta contra o racismo na Espanha, pois repara os danos sofridos por Vinicius Júnior e envia uma mensagem clara para aquelas pessoas que vão a um estádio de futebol para insultar: LALIGA irá detectá-los, denunciá-los e haverá consequências criminais”.

O caso ocorreu em maio de 2023 no confronto entre Valencia e Real Madrid, no estádio Mestalla, casa do Valencia. O jogo foi paralisado aos 24 minutos do segundo tempo, quando torcedores do time mandante insultavam Vini de “mono” (macaco, em espanhol).

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