Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Vive-se uma Porto Alegre perigosa. Uma cidade sem policiamento e sem capacidade suficiente de punir e prender para combater a quantidade de crimes que ocorrem diariamente. A razão disso é a falta de investimento em segurança, visto que há grande dificuldade de investir e manter em dia o pagamento da folha salarial de quem protege o cidadão: a Brigada Militar.
Ao passo que vivenciamos essa realidade, somos moradores de uma cidade com um número abissal de agentes de trânsito. Estes só podem aplicar multas e não têm a capacitação necessária para contribuir para a segurança do cidadão. Composta por mais de mil funcionários, a EPTC designa seus agentes para monitorar o trânsito de cada ponto da cidade. Mesmo equipados com infraestrutura admirável (especialmente se comparada à dos policiais locais), os agentes são incapazes de agir em qualquer situação que não seja relacionada ao trânsito ou à circulação da cidade.
Outro fato importante, demonstrado nas frequentes reclamações feitas nas redes sociais da empresa, é a insatisfação da população com o serviço realizado. Porém, sem concorrentes, por ser estatal, a EPTC pratica monopólio no qual dita suas próprias regras, comete frequentes erros, tem uma entrega que deixa a desejar e nunca é julgada por isso. Além de não prestar serviço de qualidade e ser ineficiente – como quase todas as empresas públicas –, é sobrevivente graças aos pagadores de impostos que cobrem sua situação deficitária. Ela é apenas um dos diversos exemplos de empresas públicas que deveriam ser encerradas.
Qual a solução para esse problema? Seguir o exemplar sistema catarinense é uma alternativa. Vias sinalizadas, menos acidentes, educação no trânsito, menor corrupção e, principalmente, tranquilidade são fatores frequentemente relatados por moradores da região. Isso se deve ao fato de a responsabilidade sobre o trânsito ser concentrada apenas na polícia local.
Não podemos aceitar que o governo de Porto Alegre não consiga se comprometer com sua principal responsabilidade, que é a segurança pública, e mantenha uma empresa como a EPTC sugando nosso dinheiro. Com a quantidade de impostos que pagamos, recebemos um Estado cheio de estatais carregadas pelo povo, mas não somos capazes de caminhar a noite devido à falta de segurança. Onde está a prioridade de gastos? Por que temos um Estado tão grande?
O Estado precisa acabar com esse sustento de empresas ineficientes com o imposto que pagamos. Como é possível precisarmos de aumento de impostos, como recentemente proposto pelo prefeito Marchezan? Seria para continuar mantendo esses sanguessugas? Seu foco precisa ser a segurança pública. A prosperidade do cidadão porto-alegrense está sendo diretamente impactada graças ao Estado paquidérmico que temos. Precisamos de menos Estado e mais segurança já!
Rodrigo Leke Paim, publicitário e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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