Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de março de 2019
Quando faltavam dois minutos para terminar a partida entre Marquesado e San Martín, em San Juan, na Argentina, torcedores do time da casa jogaram água fervendo nas costas de uma bandeirinha. Imediatamente, Rosana Paz, de 46 anos, precisou ser atendida. O episódio ocorreu no último sábado, o na estreia do campeonato da liga local.
O Marquesado vencia por 1 a 0, mas foi prejudicado durante a partida por uma falha de outro assistente. Tal fato despertou protesto dos torcedores e eles descontaram a ira em Rosana Paz no fim da partida.
Mesmo com o ato de covardia contra a profissional, o árbitro Sebastián Fernández prosseguiu com o o jogo, alegando que faltava pouco para o término. A decisão, porém, foi alvo de críticas na internet.
Ao voltar para casa, Rosana viu que tinham aparecido algumas bolhas em sua pele e foi a um posto de saúde, onde foram constatadas as queimaduras.
Segundo o site argentino “911 Mujer”, dias antes, Rosana, que também trabalha como secretária administrativa, falou sobre as dificuldades de ser uma bandeirinha mulher.
“Recebo muitos insultos, xingamentos machistas, outros dão em cima, fazem cantadas grosseiras, há de tudo. Mas sou apaixonada por entrar em campo e desempenhar a tarefa para a qual me preparei durante tanto tempo”, afirmou.
Alberto Platero, presidente da Liga Sanjuanina de Fútbol, se manifestou por meio de um comunicado, em que repudiou o ocorrido.
“Vamos agir duramente contra os torcedores violentos, não vamos permitir que ocorra algo assim no nosso futebol”, afirmou. “Acredito no futebol, acima de tudo, mas também acredito que esses episódios não deveriam acontecer, de forma alguma. Como diretor da Lida Sanjuanina e como pessoa, repudio totalmente esta agressão e estou à disposição de Rosana Paz e sua família”.