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Política Visita de aliados, almoço com Gleisi Hoffmann e ligação de Lula: saiba como foi o último dia do ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho no governo

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Últimas horas do agora ex-ministro à frente da pasta foram marcadas por uma série de conversas, além de despedidas. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Juscelino Filho chegou ao Ministério das Comunicações na terça-feira (8) sem ter ideia que seria seu último dia no comando da pasta. Logo cedo, porém, soube pela imprensa que fora denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Com a confirmação de que era alvo, telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sacramentar sua saída. O objetivo era evitar desgastes ao governo.

As últimas horas à frente do cargo foram marcadas por uma série de conversas, além de despedidas.

Após o telefonema com o presidente, Juscelino saiu mais cedo para o almoço na casa de Antônio Rueda, presidente do União Brasil, com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O encontro já vinha sendo combinado, a pedido de Gleisi, para discutir a situação do União Brasil no governo. A legenda é dividida em relação ao apoio do governo Lula mesmo ocupando três ministérios na Esplanada — Comunicações, Turismo e Desenvolvimento Regional — e nos últimos dias, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), lançou sua pré-candidatura a presidente.

Gleisi chegou à casa de Rueda já com a presença de Juscelino Filho, o ministro do Turismo, Celso Sabino, além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e do líder do União na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes.

A saída de Juscelino foi o tema principal da conversa. O ex-ministro afirmou a Gleisi deixaria o cargo para não criar constrangimento ao governo, além de dizer que iria se concentrar em sua defesa. Também pontuou que pediria afastamento para não comprometer o trabalho à frente do ministério. Segundo interlocutores, a decisão do ministro foi “espontânea”.

O presidente já havia prometido, em junho de 2024, que afastaria o ministro caso ele fosse denunciado pela PGR.

Após a notícia da denúncia vir à público, a fala de Lula da ocasião passou a circular entre celulares dos ministros, que faziam coro por uma decisão rápida do presidente.

Mesmo antes do almoço entre Juscelino e Gleisi, o ambiente para a saída do ministro já havia sido relatado por auxiliares de Lula que o acompanhavam em uma agenda em São Paulo.

Lula foi avisado da denúncia enquanto acompanhava a cerimônia de abertura da 29ª Feira Internacional da Construção Civil e Arquitetura. Encerrado o evento, quem acompanhava o petista não tinha dúvidas de que Juscelino não viraria mais um dia como ministro.

Antes de embarcar para Honduras, onde participou da 9ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) nessa quarta-feira (9), a situação já estava resolvida.

Na conversa com Juscelino, Lula argumentou que ele deveria deixar a chefia da pasta para se concentrar na sua defesa perante o STF.

Definiram que o ministro divulgaria uma carta aberta. A acusação foi apresentada à Corte, que vai decidir se torna o ministro réu. Em nota, Juscelino afirmou que é inocente e que confia no STF para rejeitar a denúncia.

De volta à sede do Ministério das Comunicações, no começo da tarde de terça, Juscelino passou a elaborar o conteúdo da Carta Aberta, divulgada 19h17. Reuniu a equipe no seu gabinete e chamou o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, e dos Correios, Fabiano Silva, onde justificou a decisão da saída. Falou que precisava se dedicar à sua defesa.

No final da tarde, o entra e sai de políticos e autoridades se intensificou no Ministério. Depois de falar com a equipe, recebeu uma série de aliados, como o deputado federal Elmar Nascimento (União) e o senador Weverton Rocha Marques de Sousa (PDT-MA).

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, foi até o gabinete de Juscelino dar um abraço e se despedido do colega. O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi às redes sociais prestar solidariedade a Juscelino e acabou adiantando a comunicação oficial da saída do ministro, antes mesmo da divulgação da carta aberta.

“Total solidariedade ao amigo Juscelino que pediu afastamento do Ministério das Comunicações, onde exerceu um excelente trabalho. Espero que tenha a oportunidade de se defender com serenidade, provar sua inocência e seguir com sua trajetória na vida pública.” (Com informações do jornal O Globo)

 

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