Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de dezembro de 2016
Foi solta na manhã deste sábado (24) Adriana Ferreira de Almeida, conhecida como “Viúva da Mega-Sena”, que estava presa no Complexo Presidiário de Bangú, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Ela tinha um alvará de soltura expedido desde último dia 19, após ter sido condenada em juri popular a 20 anos de prisão como mandante do assassinato do ex-marido Renné Senna, ganhador da Mega-Sena. O crime foi cometido em 2007.
Adriana foi solta mesmo sem receber uma tornozeleira eletrônica, que era um dos impedimentos impostos após a expedição do alvará de soltura. Segundo o advogado de Adriana, Jackson Rodrigues, a defesa alegou que ela passava por um constrangimento ilegal ao ficar presa com o alvará expedido.
“A soltura foi determinada no dia 19 pelo juízo de Rio Bonito e ainda não tinha sido concretizada por questões burocráticas. O TJ (Tribunal de Justiça do Estado) foi muito prudente ao reconhecer que havia um constrangimento ilegal e determinar a soltura imediata”, afirmou Jackson, acrescentando que, por determinação da Justiça, Adriana vai para a casa dela em Cachoeiras de Macacu, e terá que ficar no local. O advogado disse ainda que tentará anular o juri em que ela foi condenada.
“Vejo vários vícios no juri que a condenou como falta de provas. Por isso vou impetrar um recurso visando a nulidade do julgamento”.
Adriana foi condenada a 20 anos de prisão no dia 16 em Rio Bonito (RJ) pelo homicídio triplamente qualificado do companheiro Renné Senna, em 2007, mas teve a prisão revogada na noite de segunda-feira (19) depois que a defesa entrou com pedido de anulação do julgamento. O pedido foi concedido pela Justiça, porém, a crise no estado atingiu o fornecimento da tornozeleira, que não é feito desde agosto.
Diante da situação, o governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, publicou, no dia 7 de dezembro, uma lei polêmica que permite que presos do Estado comprem o próprio equipamento para que cumpram prisão domiciliar. (AG)