Uma bolada de mais de 100 milhões de reais – bloqueada pela justiça – aguarda o desfecho sobre os responsáveis pelo assassinato, em 2007, do ganhador da Mega-Sena Renné Senna, em 2005, para ser liberada. Vencedor do prêmio de 52 milhões de reais à época, ele foi morto com cinco tiros em Rio Bonito (RJ). O caso, que já teve dois condenados, está perto de mais um capítulo com o novo julgamento da cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, viúva da vítima, marcado para o dia 13 de dezembro.
Para impedir que Adriana, acusada de ser a mandante do crime, seja levada novamente a júri popular, a defesa da viúva promete travar batalha no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O advogado da viúva alega que ainda não foi notificado oficialmente sobre o novo julgamento. Mas sustenta que marcar a data seria temerário, já que o STJ ainda não bateu o martelo sobre a questão. Por enquanto, há apenas a decisão que manteve a posição de colocar a viúva de volta ao banco dos réus.
Ela foi absolvida em 2014, mas o Ministério Público conseguiu reverter a decisão.
Em nove anos, dois acusados foram condenados. Os ex-seguranças da vítima, Anderson Souza e Ednei Pereira, punidos com pena de 18 anos de prisão. Como já cumpriram boa parte, eles ganharam o direito à liberdade. No processo contra Adriana, consta que ela conheceu Senna no final de 2005, quando o lavrador já havia conquistado o prêmio. Ele fez três testamentos. No último expressou desejo de que metade ficasse com a viúva e a outra repartida entre seus familiares.
Ex-lavrador, Senna era diabético e perdeu as duas pernas por causa de complicações da doença. Levava uma vida simples em Rio Bonito, quando se tornou milionário, aos 52 anos. Ele começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com Renê na fazenda avaliada em 9 milhões de reais, junto com dois filhos do primeiro casamento. (AD)