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Armando Burd Quem será o próximo?

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Ricardo Barros foi Ministro da Saúde durante o Governo Michel Temer. (Foto:Divulgação/Agencia Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Ministros costumam ser demitidos. Quando um detentor de cargo no 1º escalão abandona o navio no meio do mar, espontaneamente, desgasta um governo. Ontem, houve o anúncio do quarto desembarque nos últimos 29 dias. Ricardo Barros, da Saúde, concorrerá à reeleição e tem prazo até abril para se desincompatibilizar. Porém, antecipou o aviso de saída. É muita instabilidade para uma travessia.

Absurdo

O crescimento da dívida dos Estados com a União, de 1999 até 2017, explica tudo. O saldo inicial, há 18 anos, era de 93 bilhões de reais. No período foram pagos 310 bilhões, mas o saldo devedor dos estados atualmente atinge 520 bilhões.

Rombo

O déficit da Previdência Social em 2017 ainda está na fase de cálculos, mas a previsão é de que alcance 183 bilhões de reais. Em 2010, era de 42 bilhões. Dinheiro que sai diretamente do Tesouro Nacional, reduzindo investimentos em educação, saúde, segurança e infraestrutura. Há os que pretendem continuar com os braços cruzados.

Suaves prestações

O governo de Minas Gerais, mesmo com o caixa quebrado, não vai com sede ao pote e dá o exemplo: o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) pode ser pago em até 12 vezes no cartão de crédito.

Dinheiro jogado fora

O levantamento do ano passado não está concluído. Em 2016, porém, a Organização Não Governamental Contas Abertas avaliou em 1 bilhão e 600 milhões de reais as despesas com carros oficiais no país. Faz parte do festival de regalias e mordomias que só chegará ao fim com a pressão e as vaias da opinião pública.

Diferença

São Paulo, que não para, é a locomotiva do País. A produção intensa faz os impostos fluírem para a Secretaria da Fazenda. A maioria dos demais estados não consegue sair da penúria.

O governador Geraldo Alckmin anunciou ontem reajuste salarial de 3,5 por cento aos funcionários públicos ativos, aposentados e pensionistas a partir de 1º de fevereiro. Na área da segurança, chegará a 4 por cento e da educação a 7 por cento. A repercussão total na folha de pagamentos, até dezembro, será de 2 bilhões e 440 milhões de reais. Durante a entrevista, Alckmin relembrou: o Índice de Preços ao Consumidor, em 2017, ficou em 2,1 por cento e o salário mínimo em 1,8.

Mais uma tentativa

A Confederação Nacional dos Municípios acordou cedo. A 21ª Marcha dos Prefeitos a Brasília ocorrerá de 21 a 24 de maio, mas as inscrições já estão abertas no endereço www.marcha.cnm.org.br.

Por ser ano eleitoral, há uma pauta extensa e se organizam para obter o número máximo de promessas dos candidatos. Quanto a cumpri-las, vira outra história.

Constatação

A cada passeata no Rio de Janeiro, ressurge o cartaz com os dizeres: “Se você colocar o governo para cuidar do deserto do Saara, em cinco anos haverá escassez de areia”.

Há 70 anos

A 5 de janeiro de 1948, a Câmara aprovou por 181 votos a 74 o projeto que cassava os mandatos de todos os parlamentares eleitos pelo Partido Comunista Brasileiro. Entre eles, os deputados federais Jorge Amado, Carlos Marighella, Mauricio Grabois e João Amazonas. O presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, sancionou quatro horas depois. No Rio Grande do Sul, a Assembléia Legislativa declarou vagos cargos de três deputados estaduais comunistas: Antônio Ribas Pinheiro Machado Neto, Dionélio Machado e Júlio Teixeira.

Com precisão

No filme Wall Street 2 – O Dinheiro Nunca Dorme, a declaração do personagem interpretado por Michael Douglas se encaixa com o que ocorre na gestão pública: “Risco moral é a situação em que pegam teu dinheiro e não são responsáveis com o que fazem com ele.”

Onde andam

As finanças da maioria dos estados não ficam mais à beira do abismo. Caíram nele.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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