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Você fura fila? Desculpe-me pela pergunta direta, mas ela vai basear o resto da sua leitura sobre esse texto

(Foto: Divulgação)

Vamos começar pelo começo: a fila é o símbolo mais óbvio da civilidade. Você pode ser mais forte ou mais inteligente ou mais rico, mas se a ordem é por chegada, você terá que se submeter a uma fila. E, claro, obedecer a essa ordem.

Isso é o mínimo. Quem está ali sabe que se trata de uma forma de ordenar o povo para viabilizar uma determinada ação. Por exemplo, entrar em um local, receber um benefício, etc. Ali, todos são iguais. E essa é a ideia básica da democracia: todos são iguais perante a lei. Obedeça a fila.

Se, contudo, você acha isso uma bobagem… alerta vermelho para a sua noção de cidadania!

E aí entra uma questão muito, muito séria: qual é a sua noção de ordem? De respeito ao que é imposto para que tudo flua?

Difícil evitar o fato de que se vive sob a onda do “jeitinho brasileiro”: esse nosso improviso ganhou contornos com limites bastante ambíguos diante da lei de Gerson. Você sabe, né? Aquela pela qual sempre tentamos tirar uma vantagem sobre qualquer coisa funciona a partir de uma ordem lógica.

É uma questão cultural. Dar um “jeitinho” pode ser ótimo, mas também pode significar burlar as regras. E isso explicaria a triste relação do brasileiro com o bem público…

Em tempos pré-eleitorais, ter em mente a relação do seu candidato com o dinheiro é essencial. No fim da contas, é sobre isso: qual é seu limite moral?

Costumo dizer que quem tem convicção não tem vergonha. E é assim que tem que ser: vibrem, gritem, esperneiem! Aí está a nossa oportunidade de ESCOLHER e mudar o mundo.

Podemos não ser perfeitos, mas somos cidadãos. E faremos a diferença. Acredite.

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